segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Falácias e mentiras, rumo a um futuro pior

As pensões e salários pagos pelo Estado ultrapassam os 70% da despesa pública, logo é aí que se tem que cortar”. O número está, desde logo, errado: são 42,2% (OE 2014). Quanto às pensões, quem assim faz as contas esquece-se que ao seu valor bruto há que descontar a parte das contribuições que só existem por causa daquelas.
Este é o primeiro ponto (de onze) de um texto em que o perigoso esquerdista Bagão Félix desmonta as falácias e as mentiras, sobre as pensões e os números, que temos ouvido deste (des)governo e apaniguados. De obrigatória leitura, aqui: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/falacias-e-mentiras-sobre-pensoes-1619400

2 comentários:

Paulo Pinto disse...

Castiga-se os reformados e pensionistas com cortes mais pesados porque são fracos: não podem fazer greve, a sua influência política e social é reduzida, muitos já nem têm saúde para protestar.
Castiga-se também os funcionários públicos no activo, depois de se intoxicar a opinião pública com as suas supostas regalias, com os seus supostos altos salários, com o suposto excesso de efectivos, e gerando a ideia de que todo o País trabalha para sustentar essa malandragem. Ou seja, no final de contas, também são castigados por estarem em posição de fraqueza.
É a lei da selva: os fortes sobrevivem e prosperam, os fracos soçobram.

Marco Gomes disse...

Sem mais, Paulo. No entanto convém salientar que o emissor, Bagão Félix, faz parte daqueles que desde 1986, citando Raquel Varela, "tiveram directas responsabilidades ou deram o seu apoio público a políticas que promoveram a precariedade, reformas antecipadas, financiamento a empresas isentadas de descontos, falsas e generalizadas formações profissionais, privatizações, descapitalizações do fundo".