quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

O HiperEgo


O Mercado ergue uma sombra de incerteza sobre as telecomunicações. Uma empresa menor aglutina outra maior, e no cérebro do peixe minúsculo que abocanha um grande, mora um homem tão engenhoso e empreendedor quanto arrogante e perverso. O mesmo que, por prazer, fazia outras empresas falirem, como eucalipto que seca tudo em volta, fazendo crescer em mim as dúvidas de quaisquer benefícios.

E na dança sedutora do dinheiro, o acesso à Internet e ao Futuro, às comunicações e às interacções, ao Conhecimento e ao esclarecimento, não serão tão acessíveis quanto se poderia julgar. Ficarão antes ao alcance de tão poucos como outros bens, de maior necessidade, não o estão para tanta gente e que se vendem nos Hipermercados, noutras caras dessa mesma empresa. Ao pai segue-se o filho que brinca ao Monopólio, e com o fim da Monarquia e o findar das Repúblicas, uma família entre outras, toma as rédeas de um País, numa nova dinastia de monarcas de um Estado ele próprio privatizado, tornado horta imensa de outros pequenos homens.

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