É bom que se diga que Lula da Silva está próximo de um segundo mandato num Brasil confuso. Não graças às reformas que tanto bradou aos ventos, de acabar com a fome no seu País e no Mundo (!), de atenuar os guetos criminais de gerações de sem-terra obrigados a migrar para muralhas de tijolo e zinco nas encostas das metrópoles brasileiras; mas antes suportado por uma arte de discurso e de governação, de um agradar a gregos e a troianos, na caridade e no impulso da economia. A verdade é que o Brasil cresceu e alguns perderam a fome mas o Presidente teve de se rebaixar a uma encenação triste, disfarçou o evidente e livrou-se de uma desapontada saída de cena, sacrificando alguns dos seus melhores bodes à expiação . Ninguém teve coragem de o mandar embora. E naquele país de potentes corruptíveis (aparentemente sublinho), é um mal menor para muita gente.
Mas com a Salvação de Lula, salva-se um pilar do novo Eixo Sul Americano, de uma esquerda populista e totalitaróide, que no contexto do drama social da América Latina se converte numa alternativa a governos de magnatas da banana e numa base ao anti-norteamericanismo do Señor Bush, "El Diablo". Lula e restantes, de Evo Morales a Chávez, de Michelle Bachelet a Kirchner, são os representantes dessa nova esquerda sul americana, os mais recentes ídolos Pop do comunismo revivalista, uma cooperativa atordoante que confunde quem os olha daqui. Na Colômbia os movimentos sociais democratas não tem tanta sorte, ficam arredados da governação, entregue a conservadores cujo poder de fogo é ligitimado por umas FARC ambíguas que há muito confundiram a revolução com o narcotráfico.
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