"A questão [do referendo ao Aborto] é fundamentalmente de consciência. As campanhas têm uma marca partidária e servem para convencer os votantes para a justeza da escolha de um projecto político. Esta é uma questão transversal. Se há pessoas que têm já uma posição completamente tomada, tudo leva a crer que há uma camada da população para quem a questão é dolorosa, incómoda. Se a campanha for motivada no sentido de um debate esclarecedor das consciências, não teria dúvida nenhuma em dizer que entro na campanha. Se a campanha se assemelha à anterior, a uma campanha partidária, penso que aí não é o meu lugar. Gostaria que as pessoas não perdessem a calma..."
"O processo é oculto, dinâmico e progressivo desde a fecundação ao nascimento. A medicina fez avanços extraordinários, mas há dúvidas. Em que momento começa a vida? Essa é uma questão que pode ser esclarecida."
"...não gostaria de ver os púlpitos das homilias de domingo transformados só em púlpitos de campanha pró-vida."
E quanto à Governação: "tenho a sensação global de que o Governo da Nação tem feito um esforço por governar. Os governos democráticos são por natureza fracos porque estão muito dependentes das eleições que se seguem e das correntes de opinião."
2 comentários:
Sinceramente não desgostei do que li. A ser assim não está muito mal o Patriarca.
Até que enfim, um padre com bom senso e uma boa dose de respeito pelos outros...
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