sábado, 9 de dezembro de 2006

A Pouca Vergonha e a Irritante Indiferença




Não se percebe como neste país se gastam 3 jornais desportivos e toneladas de horas diárias e conversas de café a discutir um jogo viciado.

A entrevista e o livro desta ex-"acompanhante" de Pinto da Costa é o relatório assutador da teia de interesses e da desesperança. As olheiras e o rosto pesado de Carolina Salgado é a face do medo e da visão do Inferno. Neste Norte deprimido - deste país macrocéfalo, com uma capital que absorve a riqueza de um país inteiro - o peixe graúdo engorda da decadência e do desespero, agudiza-se a corrupção e demais crimes económicos, os presidentes de câmara das cidades distrito são autistas e padrinhos, ou do serventilismo ou da esquizofrenia paranóide e demagógica.

Tudo se transforma numa imensa máquina de lavar, como quem esfrega parvoíce na cara de toda a gente, e os atordoados convertidos aplaudem tão altas e admiráveis figuras, em bustos e efígies de santos do alheio, observam o rodopio, absortos Os portugueses, e sobretudo do Mondego para cima, tornam-se marionetas estupidamente conformadas. E não digo por tique de sarcasmo ou aparente inantigibilidade. É um estado endémico e generalizado. Digo para que se reaja do nojo, de vivermos num país de justiça emperrada e onde os seus agentes parecem em parte, pactuar no sistema de adiamento e de impunidade, de uma culpa crónicamente solteira.

2 comentários:

Pedro Morgado disse...

Ai foi?
Quem te manda ver televisão... Eu sei vagamente o que se passou. Vê-los e ouvi-los? NEM PENSAR!

Anónimo disse...

Enquanto a Sr.ª pôde aproveitar-se não se queixou, simplesmente viveu e usufruiu de tudo o que a corja lhe proporcionou.
De resto, neste país, na imprensa fala-se de tudo, menos do que é realmente importante.
Cumprimentos