domingo, 29 de julho de 2007

Tristezas deste dormitório de Espanha

Continuo a achar lamentável e desolador que um concelho, que tanto gosta de gabar a obra e o betão que lhe cresce, continue impávido quando aos fins de tarde de Domingo se vêm dezenas dos seus trabalhadores a amontoarem autocarros (ou camionetas...) para ir trabalhar para Espanha. durante os dias úteis. É esta, sem dúvida, a grande derrota dos políticos e das suas políticas de encher o olho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Num concelho onde o mercado de trabalho é quase exclusivamente gerido pelo poder autárquico e subsequente poder político, não se poderia esperar outra coisa. Temos um município que em vez de investir no incentivo à criação de empresas,indústria e comércio com o intuito de criar postos de trabalho, procura por outro lado, criar postos de trabalho em que entidade patronal é a própria autarquia. E nos quais os funcionários sofrem fortes pressões no seu quotidiano, para criar o medo de sofrer represálias, isto é, de irem parar ao olho da rua. Para não falar de ilegalidades do tipo: horas extraordinárias que não são pagas, progressões nas carreiras por favores, pressões para votar na cor da autarquia, ou pelo menos fazer de conta que o fazem, etc. Mas no meu ponto de vista, acredito plenamente que se a cor da autarquia mudasse, iria ser mais do mesmo, porque infelizmente vivemos num país onde se dá demasiado poder às autarquias. Cabeceiras de Basto assim como outros concelhos similares, tornou-se numa neo-ditadura muito bem camuflada cujos habitantes perderam por completo o direito à liberdade de expressão. Assim sendo, mais vale trabalhar em Espanha. Até porque os salários são bem mais justos.