sábado, 3 de novembro de 2007

A Avenida que também sou dela

Esta Semana, A Assembleia da Incúria, no sítio do costume e com um pingo de azedo:

"(...) belo Parlamento o nosso então, feito da mais fina-flor de nata, polvilhada de canela como pastel de Belém, do que de melhor temos para oferecer em caras e caretas, oradores e orados. Partidos de cúria na incúria da representatividade da Assembleia da República que, nos membros que a compõe, é tudo menos um espelho de vontades dos portugueses e tão pouco se lhe assemelham na vida regrada. Qual senado romano, funciona de aparências e discutem-se as coisas como garante de direitos por eles adquiridos, tomados por muito trabalho, aparelho acima ou por desígnio de família, boa família diga-se. E muito à margem da obrigação a quem vota neles que, na grande maioria, nem os conhece."

4 comentários:

Mac Adame disse...

Um ninho de ratos da pior espécie. Bom texto. Verdadeiro.

Anónimo disse...

Pelo menos uma conhecemos. Da noite e das discotecas cabeceirenses. Chama-se Isabel Coutinho, foi eleita deputada por cabeceiras, apadrinhada eplo todo poderoso autarca, senhor das terras do basto, e desde então, tem sido pouco vista por cá. Consta-se que intervém pouco ou nada na casa mãe da democracia, a favor destas terras atrasadas e deprimidas. Mas isso também já era previsível. A culpa também não é dela, entenda-se. É de quem a pôs lá rsrsrsrsrsrs

Paulo Vieira disse...

O facto de não haver uma concreta "regionalização" no parlamento não nos possibilita enquanto eleitores a avaliação dos nossos representantes.

Muito havia a mudar. Haja vontade e coragem política para o fazer.

Anónimo disse...

Paulo, a nossa assembleia da república é representativa...Nas eleições legislativas tu votas nos deputados que representam o teu distrito. Por isso a Assembleia já é "regionalizada".

O que falta são de facto deputados que no exercício da sua actividade quer nos plenários, quer nas comissões parlamentares representem e lutem pelos direitos e os interesses de quem os elegeu. E acima de tudo que estejam próximos do seu eleitorado e vice-versa.

O modo como os deputados são escolhidos é que deve ser repensado pela sociedade, pois está visto que pelos partidos políticos apenas escolhem quem não lhes levante problemas de maior no parlamento e deixe o Governo da Nação trabalhar "à vontade"