sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cruz de Lata


Ninguém - e eu muito menos - contesta as nobres intenções de uma instituição centenária como a Cruz Vermelha. Seja em Braga, Kandahar ou Arco de Baúlhe. Mas não se livra, a teimosa gestão da secção arcoense, da minha apreciação na generalidade. Aplaudo-lhes o trabalho voluntário e o solidário com os mais desprotegidos. E destes, os idosos que vivem na miséria pela vila, cheia de novos ricos ou gente que se acha como tal... Não me vou referir aos invidentes objectivos politicos por trás, em alturas de ida às urnas mas há-as noutros locais, mais públicos e com o dinheiro de todos. E tão pouco quero mexer no poio.

Agora diga-se que as instalações provisórias são indignas e desenquadradas. Praticamente coladas à nova biblioteca municipal, um edifício moderno e arejado, parecem paredes de bairro de lata, feias e deprimentes. Nem as novas ambulâncias valem aquilo. Sim, entende-se que têm encontrado alguns entraves ao longo da existência dado jogo político associado, infelizmente. E tocando no assunto do Lar de Idosos, podemos dizer que pouco favorecidos no processo. No entanto, caberia-lhes mexer cordelinhos, estrutura acima, na instituição privada e não andar à espera de favores edis. Tão pouco usar isso como edital à perseguição. Agora também lhes digo que o terreno onde se implantaram é o mais inadequado em dois aspectos:

  1. Pequeno demais para um lar de idosos, que se quer de rés-do-chão e com um jardim enorme. E não um cortelho sem humanidade.
  2. Está numa zona saturada de construção onde é necessário um enorme espaço verde de apoio às infrastruturas no local: Piscina Municipal (a futura ao ar livre e a outra ao "ar preso"), Pavilhão Gimnodesportivo e Biblioteca Municipal.
Vá, dignidade e serviço à comunidade. Boas intenções, minha gente, e sem estorvo!

5 comentários:

Paulo Vieira disse...

"...a futura ao ar livre e a outra ao "ar preso"..."

Dá-me a impressão que naquela zona não dá para construir uma piscina ao ar livre, o terreno disponível não me parece suficiente.

Anónimo disse...

Caro Vítor, respeitando as tuas posições e independentemente dos desvarios políticos que a instituição Cruz Vermelha possa ter cometido no passado, penso que tem prestado um importante e inegável serviço à população da zona sul do concelho. Parece-me que mais uma vez não estás por dentro da história toda. Até há dinheiro para melhorar as condições, com a construçaõ de um lar de idosos que muito vai beneficiar, julgo eu, com a minha humilde opinião, a população idosa do Arco, em termos sociais e de qualidade de vida. Mas o projecto aguarda há pelo menos 2 anos e meio aprovação na Câmara Municipal, licenciamento, não financiamento, é bom frisar. Assim não vamos lá meu caro. Não me parece justo que esta instituição esteja a pagar um preço tão elevado por parte de uma autarquia local, que é quem tem competência para aprovar digo licenciar projectos. E então vítor? será que isto é correcto? Onde está o espírito bairrista arcoense? Independentemente dos bacalhaus pelo Natal que possam ter sido distribuídos no passado! Parece-me que aí pelo Arco estais a ficar conformados com o Status Quo e com o discurso politicamente correcto! O mesmo que vai permitir que a Arca, independentemente dos relevantes serviços culturais que tem prestado, possa ocupar um terreno, bem na frente do campo de Tiro,( inevitavelmente acabará com ele pois tecnicamente não é viável continuar a dar tiros aos pratos, com um lar de idosos na frente) pertencente ao Clube de caça, que é só, goste-se ou não, uma das instituições mais antigas e populares do do concelho. Ah! Já me esquecia! O clube de caça e pesca que se lixe, porque tem gente na direcção pertencente ao reviralho! Abraço Vítor

Anónimo disse...

Não quero defender a Cruz Vermelha, pois apenas conheço o Dr. Jorge Barroso, que apesar de defeitos que tem, tem-se dedicado à instituição. Mas será pedir algum favor, o licenciamento de um projecto por parte da autarquia? Sim, porque é à Câmara que compete aprovar ou não os projectos. Mas já me esquecia... em Cabeceiras trata-se mesmo de um favor, ao contrário de outras autarquias, pois aqui esperamos em média cerca de um ano pela aprovação de uma operação de loteamento ou por um licenciamento de um projecto. Acreditem amigos! Estamos mais próximos da Colómbia ou da Argélia, do que da Europa. Tirem-me deste filme! Vítor qualquer dia sigo a tua sugestão e mudo-me mesmo para Óbidos

Anónimo disse...

Sobre o diferendo que com o alto patrocínio da Câmara vai inevitavelmente opôr duas instituições arcoenses prestigiadas, a Arca e o Clube de caça, que acabou de entrar nos trinta, só tenho a dizer uma coisa: "A minha liberdade acaba quando começa a do outro!" Tenho dito.

Vítor Pimenta disse...

Acredito que possa haver alguma perversidade no arrastar do licenciamento de algumas obras, esta incluída. E não acho que deva uma instituição ser condicionada nesse sentido. E não lhes quero desvalorizar o trabalho. Como diz, provavelmente estou pouco inteirado nas arestas, mas posso ler-lhe o contexto. Digo que fosse da minha conta o urbanismo e naquele terreno não aprovava mais uma grama de cimento. Mas não lhes atrapalhava as nobres intenções em lugar mais arejado. Abraços