Vá-se discordar deste ou de outro ensaio de obra ou medida mas tende-se grosseiramente a passar-lhe a vista de igual rasgo pela tangente. Há um autismo adminstrativo que não agrada à nata mais interessada dos cabeceirenses. E que, vista a mesquinhez do arremesso político e da perversidade associada, tende a ter-se como afastada do retrato.
Muito do que se vê em apontamento crítico a posteriori é resultado falta de discussão do que se propõe e da abertura da mesma em alturas devidas. Há desde logo uma desconfiança face aos opinadores como se houvesse interesses particulares primeiros, e de índole partidária logo de rajada, que não os legítimos da causa pública.
Noutras palavras e fazejos, digamos que sempre que se anuncia um projecto ultimamente, não se procura medir a aceitação ou a aplicabilidade do mesmo. Ou com medo de se expôr qualquer denúncia de defeito nos tidos como perfeitos empreendimentos. Ou então porque se julga que não há falhas e está tudo devidamente ponderado.
Assim sendo, e sufrágio popular metido de lado em sessões abertas, as obras feitas, depressa ou devagar, surgem depois como "erros abomináveis", "desproporcionados" ou aquém do que podiam ser e logo sujeitas ao escárnio devido, mesmo que tímido ou pouco explorado pela comunicação social local. E comete-se outro grave erro, não se envolvendo a população logo de início nas mesmas fica logo penhorado o entusiasmo e sua utilização. As pessoas apercebem-nas como estranhas. Filho parido mas tão pouco apercebido em concepção.
E vejam-se obras como o Largo da Serra, Requalificação da Praça da República, Planos de Urbanização das 3 vilas, "Nova Casa do Povo" de Arco de Baúlhe, Requalificações urbanísticas (da Rua Velha ao Quinchoso, Largo de Cavez...), Palácio da Justiça, entre outras que se poderão referir, nunca remetidas a discussão pública, pelo menos que se lhe conheça. E se de algumas já se sabem as polémicas, doutras virão coisas por apontar. A Democracia quer-se participativa e feita ao longo de um mandato, não só por alturas de ida às urnas... Tem sido este um dos grandes erros estratégicos do executivo socialista.
Mas corrigíveis. E era simples simplificar a coisa - passo o agradável pleonasmo - com a disponibilização dos projectos de interesse público em PDF no site da Câmara Municipal e fóruns de discussão com cidadãos devidamente identificados e registados no site camarário, o tal cartão do munícipe ou do cidadão com um chip dentro. Simples para cabeceirenses de coração à distância.
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