Televisões, rádio e jornais fazem capa do alarido. que este Portugal é agora uma enorme favela, de gente que se mata e onde ninguém vive sossegado. O País dos costumes brandinhos nunca foi assim!, salvo claro: as querelas em feira, ajustes de conta, jogo do pau - como quem diz arte marcial provinciana, tiros e navalhadas, crimes passionais, aldeias varridas de um lado ao outro a tiro de caçadeira, PIDE's. Não. O País é pior e vale dizê-lo todos os dias, confirmá-lo em manchetes e debates televisivos ao desespero, vale alimentar o clima de medo e saciar a fome desta falsa (in)segurança com mais polícia, mais câmaras de filmar e mais leis restritas. Em suma, na soma: mais controlo, menos liberdade.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Admirável Portugal Novo
por
Vítor Pimenta
Etiquetas:
Liberdade,
Polícia,
Política,
Portugal Desperdiçado
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2 comentários:
Mas que há sinais preocupantes de aumento da criminalidade é inegável. E isso tem a meu ver, uma correlação directa com a taxa de desemprego actual e o aumento do custo de vida. A forma de combater esta realidade pode ser colocar mais polícias nas ruas. Mas essa medida por si só, não será a solução para o problema. A solução passará pela adopção de políticas de inclusão, acompanhadas de uma educação e qualificação das pessoas, com parâmetros de qualidade. Não gostaria de ver certas cidades do me país transformadas, num futuro que poderá estar bem próximo, em metrópoles como Fortaleza, no Brasil ( salvas as devidas diferenças é óbvio) que tem tantos habitantes como Lisboa, mas onde hoje se matam pessoas por um telemóvel ou por uma máquina de filmar e onde a vida humana não tem qualquer valor.
Sim, meu caro Eduardo, mas não gosto destas soluções reaccionárias para não lhe chamar fascistas de aumentar a vigia sobre as pessoas e as suas vidas. Esta noção de autoridade do Estado medida em polícias e videovigilância é má e é igualmente assustadora.
Isto, quando os esforços deviam antes estar concentrados em medidas preventivas, na restrição do acesso às armas, nas políticas sociais, como dizes, na igualdade de oportunidades.
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