sábado, 5 de julho de 2008

Leite fora de prazo

"Na sua perspectiva[de Manuela Ferreira Leite], o casamento entre homossexuais atacaria o bom nome da instituição. Nem vale a pena discutir a sua actual má reputação, obtida sem a contribuição dos homossexuais. As suas palavras lembram séculos bem mais antigos. MFL entende que os gays e lésbicas, à semelhança dos escravos, não são cidadãos como os outros. São novos portugueses de segunda. Fica a sugestão: em vez de «outra coisa qualquer», chame a esse casamento «contubérnio», designação que os arautos dos bons costumes deram ao matrimónio entre escravos.

(...)

MFL pode reclamar a procriação para desculpar actos políticos, como fez ao usar a sua condição de mãe de mãe, de avó, para legitimar o seu silêncio durante a greve dos patrões dos camionistas. Pode fazê-lo, embora não se coadune com a imagem de anti-populismo que pretende. Já não pode é desconhecer que nem a família implica procriação nem a procriação implica família, por mais filhos, netos e bisnetos que a própria tenha. MFL pode invocar a sua própria procriação para justificar decisões políticas, embora seja lamentável. Não pode é justificar preconceitos pessoais e violar direitos fundamentais, invocando a procriação alheia e afirmando que aqueles que pretende impedir de procriar não procriam..."

3 comentários:

Anónimo disse...

A dama de ferro acho que deveria ser chamada dama da idade do ferro ou da pedra...Nao sei mas acho que ela com esta atitude deve querer ganhar votos ao PP para e perder os outros todos,ah deve querer tambem insultar o Socrates:) lol e o diogo Infante

Anónimo disse...

JAD (ou quem quer que seja) é alguma sumidade e as suas opiniões são as únicas válidas?
Os outros não podem ter ideias e concepções de vida diferentes?
Onde está a tolerância face às ideias dos outros?
Têm ideias diferentes, óptimo! O mundo é feito de diferenças... sem necessidade de moralistas, sejam eles de que cariz seja.

Vítor Pimenta disse...

As pessoas podem ter as suas concepções de vida, mas não as podem impor. Sobretudo quando não têm fundamento nenhum os argumentos, constituídos em bases de pré-conceito e muita falta de conhecimento da realidade.