sábado, 30 de agosto de 2008

Perigos de uma Regionalização feita às 3 pancadas

"Se as regiões não tiverem forma de cobrar impostos, o dinheiro que receberão será proveniente da administração central e cairemos no mesmo erro das autarquias: Entidades que apresentam obra, mas nunca pedem sacrifícios, sendo o dinheiro que as financia originário de qualquer cidadão, independentemente da zona do país em que vive.

Não havendo uma relação directa entre o dinheiro que é pago em impostos e o que será gasto pelo novo poder regional, os contribuintes nunca poderão exigir que aqueles que elegeram prestem contas. A impunidade será total, tal como o é ao nível autárquico. Ora, se estas são um problema de gestão, não vejo razões para a criação gratuita de outro.

A regionalização, tal como tem sido proposta não passa de uma forma de dar poder a caciques. Aqueles que cativam mais votos, porque têm um bom poder negocial com Lisboa. Isto não é descentralização, é reforçar a dependência com o poder central dando, pelo caminho, umas borlas a figuras proeminentes da província."
Um texto imperdível de André Abrantes Amaral no Atlântico.

3 comentários:

templario disse...

Sou contra a regionalização. Por razões históricas. Portugal é a-regional.

Se tiver tempo e paciência leia o meu último Post
"REGIONALIZAÇÃO-VOLTA D. JOÃO II! E TRAZ O ÁLVARO PAIS!

http://camaradita.blogs.sapo

Anónimo disse...

Pois é, faça-se letra morta da Constituição, Lei fundamental do País.

Bons democratas, VP incluído.

Vítor Pimenta disse...

Caro anónimo, porque é que ironiza acerca da minha democracia? Vá, pelo menos dê dicas que me melhorem. Eu aponto-lhe uma, identifique-se. :)