sábado, 13 de setembro de 2008

Hoje n'Avenida do Mal

(des)Res Publica:

"De todas as vezes, sejam elas Estados-Gerais, Novas Fronteiras [ou Res Publica]é a mesma receita. À massa cinzenta mais inconformada das bases do partido - arredada do Purgatório nesta altura - junta-se académicos independentes, dá-se uma impressão de abertura q.b. e deixa-se apurar em criatividade o possível e o impossível. O resultado, depois de levado ao forno, é um partido motivado, cheio de ideias e um aparelho oleado para o combate eleitoral.

O marketing e a publicidade lá tratarão de acomodar a iguaria aos olhos (mais do que a barriga) dos eleitores, sobre um prato de design moderno, enfeitado de um ou outro ramo de erva aromática e pó de perlimpimpim. Assim que comido e enfastiado, é o que se sabe, seguem-se 3 ou 4 anos de má digestão e afrontamento.

O mais interessante – e trágico, se calhar – é que a fórmula é reproduzida à escala das autarquias. Os caciques aproveitam a deixa e hipnotizam as massas no mesmo processo. De verdade, nunca como em advento de eleições autárquicas se consegue encontrar o mais motivado consenso em torno de uma candidatura, mesmo que esta já se prolongue na mais chata das sequelas."

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