quarta-feira, 1 de outubro de 2008

onde isto já vai

"O caciquismo, a indústria dos votos, é preponderante. Não como o de antigamente. É mais elaborado, mais sofisticado, mais subreptício, mais capcioso. Além disso as multidões deliram psicoticamente com o Tony Carreira, o Quim Barreiros, o Padre Borga e a sangueira dos touros. Os cabeceirenses, todos, mas nem todos conseguem, ambicionam e procuram arranchar-se, perante a indolência, a indiferença, a incompetência e o bel-prazer dos senhores mandantes."

o texto de Alexandre Vaz é obrigatório

10 comentários:

Anónimo disse...

«Tanta hipocrisia, tanta vaidade vã, tanta mediocridade impante, sublimada, a subir as escaleiras da vacuidade e da fantasia.»

Era bom que, como dizes, este texto fosse de leitura obrigatória em Cabeceiras. Talvez as luminárias locais percebessem o caminho (sem retorno?) que estão a trilhar.
Enfim, cada um tem o que merece...

Carlos Leite disse...

Já tinha lido o artigo, e sinceramente acho que há uma guerra entre o quarto poder da região, o que não ajuda em nada o desenvolvimento, no meio disto tudo há questões importantes que não têm direito a um cantinho nas folhas dos jornais, o que é uma pena. Guerras políticas, não as comprem nem as vendam, e em vez de uma política do "bota abaixo" por parte do "Basto" e dos seus "Ecos" que em nada incentiva uma atitude dinâmica dos seus povos e apenas promove a propaganda ou crítica. Apresentem soluções para debate e reflexão das pessoas, utilizem estes veículos para mostrar às pessoas o rumo determinado para a região para que elas o percebam e cooperem para o seu alcance...
Nesta guerra só perde a região.

www.pensarbasto.blogspot.com

Anónimo disse...

Não penso que neste caso se trate apenas de não contribuir para o desenvolvimento, de não apresentar alternativas. Pelo contrário, parece-me muito importante tentar fazer ver às pessoas que o culto da mediocridade leva inevitavelmente a mais mediocridade. A ignorância é um beco sem saída e faz falta pensar as coisas, reflectir sobre elas. Parece-me que é isso que é feito neste texto.

Já dizia Goethe: «Não há nada mais assustador do que a ignorância em acção».

Carlos Leite disse...

Meu caro louvo e acho importante o manifestar de cada opinião e aceito-o.até podiam ter a razao toda do mundo mas a forma como a expressam faz com que muita se perca. As pessoas duvidam, pelo conteudo politico de toda a mensagem e ao qual os jornais regionais estao envoltos. Quanto ás alternativas nao me parecem estar presentes, pelo menos neste texto. mas o que pretendo expor está bem patente no seguinte endereço: http://pensarbasto.blogspot.com/2008/10/basto-em-guerra.html

Anónimo disse...

Na minha opinião, não estamos perante um manifesto político. Trata-se apenas de uma reflexão sobre o estado de coisas, sobretudo no que diz respeito à apatia das pessoas.
Eu partilho dessa ideia de que a mediocridade impera, em Cabeceiras como em muitas outras localidades do país. E acho relevante reflectir sobre isso, sem motivações políticas ou planos de acção (alternativas, como lhes chama), em qualquer que seja o meio (jornais, debates, conversas, etc). Apenas pensar as coisas.
Os programas políticos ficam para quem os queira fazer...

Anónimo disse...

Meu caro Carvalho Leite com certeza não conhecerá tão bem o que se passa em Cabeceiras de Basto, pois este artigo, escrito por um reputado escritor e homem de cultura local que foi ( n sei se ainda é) apoiante e orador em comícios do PS, este artigo dizia eu, faz bem a radiografia do concelho de Cabeceiras de Basto no ano de 2008. O artigo e as afirmações nele contidas ( concorde-se ou não) são reais e verdadeiras, pois é isso que aqui se passa. E só por isso é notícia e vende jornais. Quanto ao papel de bota-abaixo do Jornal "O Basto", é a sua opinião meu caro. Respeito-a mas não concordo com ela. Nada do que aparece no Jornal é mentira, pois os jornais devem dizer a verdade e esclarecer as pessoas. Tb eu acho que em Cabeceiras se fez e faz muita coisa boa, mas também acho que há problemas a sério que quem manda procura ignorar. Por exemplo, o mais grave. Construimos as estradas mas não conseguimos fixar as pessoas. Construímos e investimos em ETARS e redes de saneamento, mas não funcionam por falta de verbas para manutenção. Não sabia? fica a saber.Emuitos, muitos outros problemas O Jornal elogia qd deve elogiar e critica quando acha que deve criticar. Mas botar abaixo, nunca, por uma simples razão. Somos muito pequeninos para isso e quem manda tem efectivamente muito poder no país. E olhe uma coisa: Esta questão do medo é bem real e sentida por estas bandas.

Carlos Leite disse...

Conheço suficientemente bem a realidade de Cabeceiras, e da região de basto, as vezes antes não a conhecesse, e um dos veículos que utilizo para as conhecer é a imprensa local, que me faz notar de forma evidente as picardias existentes entre partes, mas não pretendo atingir um ou outro jornal, pretendo com tudo isto criticar de certo modo a atitude e cultura vigente.

Reparem por exemplo no relevo enfático que se deu á noticia dos “cheiros nauseabundos”por parte do Ecos e repare agora a necessidade que “o Basto” tive de recorrer a uma fotografia para provar a veracidade de uma noticia que publicaram acerca das “descargas de esgotos sem tratamento no rio Peio”, já á espera que venha o outro órgão com a resposta…não me digam que isto não é uma guerra entre o quarto poder, e este é só um dos muitos exemplos, isto tudo parece-me desnecessário meus caros, e não pensem que estou a defender uma ou outra parte, apenas está aqui mostrada mais uma opinião de quem sonha ver a questão um dia alterada. Peço que reflictam de cabeça fria sobre isto.
Cumprimentos.
www.pensarbasto.blogspot.com

Anónimo disse...

Concordo consigo, mas então porque é que a Câmara não põe o sistema de saneamento básico a funcionar como deve ser? A ETAR de Refojos, por exemplo custou centenas de milhares de euros aos contribuintes e simplesmente não trata os esgotos provenientes da rede. As Estação Elevatória do Quinchoso, junto à sede da vila tb n funciona, o que conduz a descargas frequentes no rio, como o jornal comprovou. Na Ponte de Pé, a estação elevatória que deveria transportar os esgotos para a ETAR, também n funciona estando a descarregar no rio. Na Portela de Alvite, a ETAR que está enterrada na rotunda, n funciona, o que conduz a um cheiro insuportável, para mim e para centenas de pessos que lá passam diariamente. Meu caro carvalho Leite, isto começa a ser um problema de saúde pública. Ou acha que estas questões de saneamento e salubridade, não têm qualquer interesse público? Estaremos a educar convenientemente as novas gerações se ocultarmos e não mostrarmos estes problemas nos jornais? O que me parece e isto é verdadeiramente triste, é que o Sr. Presidente passa hoje, por força dos muitos cargos que exerce, muito tempo fora do concelho. E naturalmente quando uma pessoa está ocupada com muitos cargos em muitos locais diferentes do país, começa a não dar atenção àquilo que é essencial. Quanto aos cheiros junto ao basto no mês de Agosto, tenho-lhe a dizer que é verdade porque pude comprovar e a água do rio, conforme documentava a foto, estava suja, disso não há dúvidas. Pelos vistos só o repórter do Jornal da Câmara é que não sentiu. mas os cabeceirenses sentiram e viram uma Ribeira a precisar de limpeza, que ainda n foi feita. E acredite que esta não é nem pode ser uma questão menor, principalmente bem ali, nas barbas do Posto de Turismo.

Carlos Leite disse...

Onde isto já vai...até nos comentários, e ainda bem, o debate é saudável.
Caro Eduardo, eu não ponho em questão a veracidade das questões levantadas por um ou outro jornal, porque eles próprios fazem esse trabalho, só tenho que ficar á espera de uma ou outra edição.
As Questões das ETAR´S são muito pertinentes, e ainda bem que alerta para tal, e sinceramente acho estes problemas muitíssimo relevantes e dignos de merecer manchete no jornal, e até mais, é uma pena que no jornal então em vez do paragrafo que diz "estão aqui as fotos para elucidar os mais cépticos.... Estivesse o caso das outras etar´s e do problema de saude publica que aqui me falou, nao ocuparia muito mais espaço e não se rebaixariam a niveis de discussao que é evidente aos olhos dos leitores mais atentos. Se alguém me maltratar aqui no blog, acha que lhe faria o mesmo, tentaria perceber a razão porque o faz e mostrar que estaria incorrecto na hora em que me maltratou, ou então mudaria eu (se aceitasse a culpa) de forma a não atingir mais ninguém.
E não quero que haja censura, ou o deturpar da realidade para que seja mais feliz, o que peço é que não se altere a realidade de forma a que pareça mais triste de que aquela em que todos, infelizmente, nos vimos mergulhados, é preciso concerteza, mudar a atitude, mudar muita coisa, mas já me disseram que não é com vinagre que se apanham moscas, mas com açúcar. E não é com esta “guerra”, inventada não sei por quem, que se caçam os sorrisos dos Cabeceirenses, mas sim com uma boa noticia da realidade existente e se possível com uma boa resolução.
Para grandes males, grandes remédios.
Bem-haja.
www.pensarbasto.blogspot.com

Anónimo disse...

Tudo o que o senhor diz eu estou de acordo, mas infelizmente continuamos a ter, apesar do desenvolvimento infraestrutural visível dos últimos anos, alguns pontos negros em vários sectores da realidade local, que devem ser mostrados à população. Cada um depois que faça o seu próprio juízo e vote como quiser, dando o seu veredicto. Os jornais locais se elogiassem e dissessem só as situações positivas, provavelmente n teriam qualquer interesse. Repare que o da Câmara pouca ou nenhuma publicidade tem. Mas deve ter provavelmente outros argumentos para vir à luz do dia, em tom elogioso à situação. O outro infelizmente, está cheio de publicidade. Os desgraçados que trabalham para ele têm que dar o litro, para que o jornal ao dia 20 de cada mês, esteja na caixa de correio dos assinantes. Se calhar, esse é o preço de ousar criticar o poder, dizendo a verdade. E acredite meu caro, que V. Ex.cia por muito que esteja bem informado sobre os tentáculos do poder instalado em Cabeceiras, neste momento não tem a noção real, da influência que este poder e quem o comanda tem no país. Reafirmo, no país. E eu sei do que estou a falar. Portugal está a ser manipulado e influenciado decisivamente por homens, como o actual "Barão de Basto", que andaram 4 anos para finalizar o antigo 5º ano do liceu ( ou seja repetiram 4 vezes o antigo 5º ano). Mas isso n faz dele um homem pior, longe disso. Homens como este têm grande capacidade de trabalho e mérito pelo que conseguem enquanto autarcas, mas a visão de desenvolvimento e a dimensão cultural e humana é do tamanho de um alfinete. Por isso temos tantos problemas hoje em Basto, problemas´graves e de difícil resolução, como a capacidade de criar emprego e atrair empresas, mas continuamos preocupados com a pavimentação de caminhos. e a construação de muros de suporte. Se n acredita, leia o Jornal da situação. Abraço.