terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Um café em Babel

As vitrinas são modernas, como as cadeiras, as mesas e o wireless, deste ano ainda, pintadas por esta altura com motivos de natal. Bebo chá e café, conforme os dias e as vontades, folhas e grãos trazidos para cá de outros cantos do mundo, tal como são trazidos muitos com quem partilho o espaço - Casa do Jesuíta, nome que será mais pelo doce folhado com crosta de açúcar, que pelo inesperado encontro de culturas . À minha roda, senta-se uma babel de gente, nos traços, nos idiomas, nos perfumes. Falam alto na língua deles e gargalham numa língua comum porque os risos e os sorrisos são universais como as lágrimas. Da África portuguesa, crioula, do leste, centro e outras pontas europeias: polacos, alemães - inimigos antigos, agora não parecem - espanhóis, franceses, turcos, do cáucaso, dos balcãs, desses lados; brasileiros.e timorenses. Falam uns com os outros, uma Nações Unidas em mesa de café. Aqui não há fronterias, sinto-me bem no meio do Mundo - e feitas as contas desde a Lua, este pedaço de terra é tanto meu com deles.

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