É o orador convidado pela C. M. de Cabeceiras de Basto na XXVI Conferência de "Políticas de Futuro", sobre o Tema "Acessibilidades e Desenvolvimento", pelas 21h30 no Auditório Municipal. Uma boa oportunidade ouvir um ex-Ministro de Guterres e também um corajoso político, que propôs um pacote de medidas anti-corrupção reprovadas em Parlamento, sem surpresa nenhuma. No entanto, e dado a temática, outras questões se levantam. Não tivesse outros bons motivos para não estar presente, perguntaria a Cravinho:
- Se não acha um paradoxo absurdo, um país que ao mesmo tempo que quer construir um TGV, encerra ferrovia a torto e a direito?
- Se o Imposto de Circulação, com os devidos ajustes, também à cilindrada, não devia pagar a manutenção/construção das auto-estradas como acontece nos Países Baixos onde não há essa palermice das portagens das empresas privadas (sem concorrência possível) a lucrar com um bem público?
2 comentários:
Eu ca para mim quando se paga o imposto de circulação deve ter em letrinhas muito pequeninas no impresso a seguinte indicação: “o imposto de circulação dá direito a circular em todas as estradas excepto em auto-estradas” É incrivelmente estupido o valor que se paga de portagens! Eu trabalho em Penafiel e quando digo as pessoas de lá que pago 11,10€ de portagens para fazer o percurso Cabeceiras-Penafiel e Penafiel-Cabeceiras, todas elas dizem “isso é escandaloso”. Onde é que anda a ideia de estarmos cada vez mais perto do mundo com a criação das auto-estradas “D. Sebastianistas”, acessibilidades que nos dão mas que fazem com que se as usarmos todos os dias não ganhamos para comer mas sim somente para pagar portagens, como por exemplo no meu caso se em vez de passar a residir fora do nosso concelho(que é o que fui obrigado a fazer) me descola-se todos os dias para o local de trabalho não gastava nada mais nada menos que cerca de 250€ mês só em portagens. Digam-me como é que um jovem em inicio de vida pode almejar trabalhar fora mas continuar a residir em cabeceiras!? Não me respondam, eu já sei a resposta! Não podem.
Grande Abraço
Vitor Carvalho
Obviamente Vítor.
Não podia estar mais de acordo contigo.
Eu por exemplo, nas duas viagens que faço a Braga (ida e volta) todas as semanas, deixo 500euros anuais na caixa da AENOR. Há uma especulação de preços incrível. E garanto-te que pouco mais que fosse no imposto de circulação dava para pagar a manutenção da rede - é possível noutros países onde as portagens depois só servem como efeito dissuasor nas muito congestionadas, com o efeito responsabilizante das taxas moderadoras.
Mas o problema em Portugal é que está tudo superhiperinflacionado a bem do lucro de alguns. Assim não se vai lá...
Abraço
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