Em pleno dia mundial contra a homofobia, o JN e o Público dão relevo a um estudo feito pela Universidade do Minho, que faz um diagnóstico das atitudes da sociedade face aos homossexuais, transexuais, demais nomenclatura LGBT.
Quanto maior a profundidade religiosa, no catolicismo em particular, pelo país e contexto, na incongruência do invocado amor cristão, maior a tendência para as posturas de ódio. Pela compostura da presidência e do Estado nos últimos dias, o laicismo metido na gaveta, o discurso de Cavaco Silva mais logo, sem grandes surpresas, há-de agradar ao seu anacrónico eleitorado e convidados. Sim, discurso. Ainda que não seja "prioridade do país", a simples promulgação de uma lei que não faz mal a ninguém nem à Constituição, tem honras de comunicação ao país.
Ou Cavaco surpreende, ou então teremos mais um exercício de falsa moral e falsa ciência, para não falar de enxovalho de muitos cidadãos portugueses, também eles contribuintes para circo montado e tempo de antena na recepção ao Papa, para justificar o veto de uma lei eminentemente civil. Por muitas alucinações colectivas que se celebrem de 13 de Maio a Outubro, não há fé possível num país que, face a adversidade e aos desafios da modernidade, só sabe andar para trás.
Quanto maior a profundidade religiosa, no catolicismo em particular, pelo país e contexto, na incongruência do invocado amor cristão, maior a tendência para as posturas de ódio. Pela compostura da presidência e do Estado nos últimos dias, o laicismo metido na gaveta, o discurso de Cavaco Silva mais logo, sem grandes surpresas, há-de agradar ao seu anacrónico eleitorado e convidados. Sim, discurso. Ainda que não seja "prioridade do país", a simples promulgação de uma lei que não faz mal a ninguém nem à Constituição, tem honras de comunicação ao país.
Ou Cavaco surpreende, ou então teremos mais um exercício de falsa moral e falsa ciência, para não falar de enxovalho de muitos cidadãos portugueses, também eles contribuintes para circo montado e tempo de antena na recepção ao Papa, para justificar o veto de uma lei eminentemente civil. Por muitas alucinações colectivas que se celebrem de 13 de Maio a Outubro, não há fé possível num país que, face a adversidade e aos desafios da modernidade, só sabe andar para trás.
Adenda: confirmou-se o discurso de preconceito. Fez a birra, justificou-se perante o eleitorado (o dele) e do Cardeal Ratzinger, que sabe os nomes dos netinhos, mas lá promulgou a lei, a bem do país se focar em prioridades. Podia era ter-se poupado a estas distracções. Simpatizo com a República, mas é por estas encenações que dispensava um Presidente no regime.
7 comentários:
Mais uma infeliz comunicação ao país do PR. Mais valia ter promulgado e estar calado a fazer esta figurinha!!!
P.S. A crise é tão grande que já nem há Mafu no Palácio de Belém...
como diria o outro, o PR engoliu um grande sapo...
Uma no cravo outra na ferradura. O Sr. Presidente está a preparar a sua recandidatura da melhor maneira.
Zé joão Gil
Uma no cravo outra na ferradura. O Sr. Presidente está a preparar a sua recandidatura da melhor maneira.
Zé joão Gil
o que eu mais gostei foi daquela de ele dizer que nos outros países a lei tem direitos e deveres semelhantes aos do casamento, mas não se chama casamento. então que lhe chame outra treta qualquer, união, cópula, cerimóniam, vínculo, o que quiser. este presidente está preocupado com pormenores semânticos da palavra, ou está preocupado com a vivência das pessoas? Este sr. é uma anedota, e rezo para que não seja reeleito.
Tânia André
Notou-se mesmo que mordeu a "língua".
As moscas foram as /os culpados, viram como no fim da comunicação se retirou?? parecia um fuguete...
Vamos ver no que isto vai dar...
Cabeceirense
Este presidente foi o candidato da direita, não sei se todos estão lembrados... Está a ser zurzido pelos que à direita o acusam de já ter promulgado a lei do aborto e agora esta. Se o discurso dele tivesse sido redigido pelo Manuel Alegre ou outro qualquer PR de esquerda ainda poderia suscitar reparos... Um PR tem que pensar não só nos que pensam como o Vítor ou como eu mas também nos milhões que, bem ou mal, pensam bem diferente. Há muita intolerância à esquerda também, e a homofobia também tem o seu simétrico. Cavaco, por ele, nunca quereria uma lei como esta, já o sabemos; mas acho que ele esteve bem expressando as suas convicções (que são legítimas) mas não colocando obstáculos. Por estas e por outras é que será seguramente reeleito.
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