domingo, 18 de julho de 2010

Dar Coro ao Manifesto | 4

História de uma "Fundição"
[Zé da Bigorna, poeta popular]

Era uma vez um país,
Corrupto, é o que se diz.
Co’a mania das estrelas.
Tal como a barata tonta,
Gastava, e ao dar-se conta,
Pedia desculpa a Bruxelas.

Esse país, bem tacanho,
Pequenino, em tamanho,
Andava de “tanga” e “shorts”
Então, o nosso Primeiro,
Como não tinha dinheiro,
Começou a fazer cortes.

Quis o nosso Ferreiro-mor
Armado num Deus maior,
Cortar nos gastos das gentes.
Pois que se poupe, diz o “grego”
Mais?, diz o povinho labrego,
Só se penhorarmos os dentes…

Cortamos em quem trabalha
Nos velhotes que, onde calha,
Vivem da sua poupança.
Enquanto isso, em Lisboa,
A nossa vida vai boa
Vamos enchendo a pança!

Mas cortar só nisto é pouco
E não digam que estou louco!
Que ando muito bem da “tola”
Onde é que posso poupar?
Ora deixem-me lá pensar…
E que tal, se for na Escola?

Corta-se nos Directores,
Delegados e Coordenadores
E ainda vou mais além!
A secretaria encerra
E, a toda a gente que berra,
Eu digo: já vos “fundi” bem!

Ora, aqui está uma ideia!
Sendo o país uma aldeia,
Há muitas escolas a mais.
A decisão é comigo,
Aos professores nada digo
E que se “fundam” os pais!

E os projectos que temos?
Onde é que os metemos,
Agora que estamos unidos?
É uma lei que não presta
E a conclusão é só esta:
Estamos é bem “fundidos!”

No Arco, diz toda a gente,
Isto não pode ir p’rá frente,
Ninguém vê qu’isto ‘stá mal?
Quem é que desfila na rua?
E onde como, à luz da lua,
Sem Feira Medieval?

Reuniu o Conselho Geral,
A Junta e a freguesia,
Quase toda a gente protesta!
Mas há povo que não berra,
E há locais, nesta Terra,
Onde se faz grande festa!

Há lugares muito centrais
E são esse, são os tais,
Que agora se estão a rir.
Esses podiam dizer “NÃO!”
Mas vive no seu coração
A vontade de nos fo… fundir!

Diz o povo mais bairrista
Que não vota mais nessa lista
Diz que o Arco não merece.
Mas para que o poder não caia
Vai-se a Fátima e à Malafaia
E logo tudo se esquece!

A história não acaba aqui,
E o futuro é já ali
Chega a qualquer momento.
Então, gritem todos comigo
Eu não quero ser “FUNDIDO”
Viva o NOSSO Agrupamento!!!


texto genial e gentilmente enviado por um leitor

5 comentários:

CarlosT. disse...

Excelente!!!!
Mas infelizmente é a verdade.

Anónimo disse...

O Arco está a andar para trás! Peçam responsabilidades ao Crápula!!!

Anónimo disse...

é tombar o crapúla, que os biltres são fáceis.

Que irresponsabilidade social.

Anónimo disse...

o arco está a ficar como sta senhorina, canedo, alvite, etc.local de passagem.apenas e só isso. não houve crescimento algum, muito pelo contrário e os presidentes e o povo pouco se importam.ha agr a hipotese de dar qualidade a vila com a antiga fabrica de madeira a ser desactivada mas, imagine-se, qual será o destino?prédios e mais prédios, sem estacionamentos (de certeza) sem árvores, jardins e como de costume, SEM LICENÇA.autêntico far-west que se vive por aqui.para quando atropelamentos graves para se colocarem passeios bons nas estradas?

Anónimo disse...

Como é que o anónimo das 00, 25 h sabe?
Infelizmente também tem razão. Mas a culpa não é só dele ...