domingo, 23 de janeiro de 2011

presidenciais 2011 | notas

Cavaco Silva / Comício no Porto

fado: a vitória de cavaco, o reeleito com a pior resultado e adesão em presidenciais, é incontestável, mesmo com os imbróglios electrónicos no acesso de muitos eleitores ao exercício do seu direito de voto. neste pequenito cavaquistão, o chico-espertismo e o compadrio é premiado pelo povo. afinal, este portugal que se tem é apenas o portugal se que quer.

juventude silenciosa: os resultados em arco de baúlhe imitam os resultados nacionais, mas na reeleição de cavaco à primeira volta estará certamente o afastamento dos jovens da democracia. na mesa 2 da assembleia de voto arcoense, dos eleitores mais recentes, a abstenção atingiu os 68%. em refojos, numa mesa com as mesmas características a afluência rondou os 20%. mas há um dado a considerar, para quem pôde correr as listas de descarga de voto, há uma juventude que está ausente do país pelo mau estado das coisas e que, por aí, nada pode fazer para muda-lo.

memória curta: de compreensão difícil as percentagens albanesas, em cabeceiras (62%) e nos restantes concelhos de basto, acima dos 70%, a premiar o primeiro-ministro que fechou a linha do tâmega e deixou uma região pendurada em promessas por cumprir. em arco de baúlhe, então, acho vergonhoso que cavaco consiga uma percentagem tão elevada (56%).

incoerência: a mesmo eleitorado que tanto desdenha os quase 20 anos de poder do actual presidente da câmara, parece não ver nenhum problema em praticamente 25 anos de cavaco silva com as mãos nas rédeas do país.

alegre ficou bloqueado por um casamento estranho entre o be e o ps, por aí uma sombra da candidatura sensação de há 5 anos. esse papel que muito bem serviu a fernando nobre que atingiu os 2 dígitos nas freguesias menos rurais do concelho de cabeceiras de basto, mesmo assim, talvez tivesse melhor resultado se fosse outro mandatário para o concelho.

coelho, que atinge quase 40% no seu arquipélago natal, consegue embaraçar o agora debilitado regime de alberto joão jardim. foi um segundo enfarte no miocárdio da madeira jardinista.

12 comentários:

Anónimo disse...

Vitor Subscrevo as tuas palavras...

Bem haja

Anónimo disse...

A conjuntura ajudou a esta vitória (infelizmente) mas o pior de tudo é mesmo a memória curta desta gente de Basto, particularmente dos concelhos que ostentam esse nome. O desastre também se deve ao fraco empenho dos senhores que noutros actos se matam e esfolam pelos resultados. Agora nem se dignaram visitar as assembleias de voto nem transportar eleitores. Mas... mais comentários para quê?
Resta acrescentar que o autor do post tem toda a razão. São, sem dúvida, tiros certeiros.

Anónimo disse...

A memória é curta em todos os Portugueses, não só nos cidadãos das Terras de Basto; estão zangados com o Governo e "descontaram" nestas eleições, elegeu-se a pessoa que pior governou neste País e, como residênte... enfim.

Anónimo disse...

Melhor só o Quinzinho da Ramada.
Levem-no para Lisboa, Brasil ou Cabo Verde. Para bem longe dos Cabeceirenses que querem paz.

Miguel Teixeira disse...

Para mim, uma das grandes conclusões do sufrágio é que os portugueses estão cansados dos protagonistas do costume. Vejam os valores da abstenção, somem a esta os votos do Coelho dos brancos (quase 5%)e também da candidatura de Fernando Nobre 14% um candidato que vinha de fora do sistema. Tudo isto conjugado, conclui-se que para além da saturação em relação aos protagonistas do sistema, o sufrágio demonstra, que continua a haver espaço para candidaturas e movimentos independentes. Ainda bem que assim é. Quanto à candidatura de Fernando Nobre, não tens que te sentir "insatisfeito" pelo facto de teres sido mandatário concelhio e o resultado não ter sido o que esperavas. Penso que só tens é que te sentir orgulhoso por teres dado a cara por uma candidatura verdadeiramente humanista,independente, digna e transparente. Foste tu, eu, e mais 600 mil portugueses. É um número de votos expressivo e que se estivéssemos em legislativas (fossem possíveis candidaturas independentes)daria com certeza para eleger muitos Deputados e influenciar a composição de um qualquer Governo. E este país bem precisava de homens com a dimensão humana e honesta do Fernando Nobre

Anónimo disse...

Tanto se fala em candidturas independentes, e que há espaço no xadrez politico para as mesmas, o qual eu não discordo.
Discordo sim daqueles que falam, falam, falam, mas não fazem nada. Srº Miguel Teixeira, deixo-lhe aqui um repto, junte-se aos outros da mesma opinião (Nobrega Moura, Vitor Pimenta, etc) e nas próximas autárquicas candidate-se.
Haverá coragem????

ubixudomato disse...

O fado; a juventude silenciosa; a memória curta; a incoêrencia; o reeleito com o pior resultado; o pequenito cavaquistão; o chico-espertismo; o compadrio; o enfarte do miocárdio; o vitorioso coelho; etc. etc. etc.
Quando ganham os que apoiamos é a alegria do "povo soberano" "uma lição de democracia" a "maturidade de uma nação" bla bla bla, bla bla bla,.
Quando ganha o outro que não o nosso, não faltam os fiéis depositários da verdade e da inteligência, os ai ai ai, os aqui del-rei que o povo está a dormir, ora tomem lá porque têm o que merecem... que se encha o arco de baúlhe de vergonha que com os seus 56% dos votos ficará manchado para todo sempre. Não interessa a a semelhança á média nacional. Não a maior vergonha é porque o autor é do Arco e isso para ele e para o seu coerente umbigo, nascido e criado no maior rigor democrático faz toda a diferença do mundo.

Vítor Pimenta disse...

caro ubixodomato, não faço jornalismo, é opinião. não tenho de agradar a todos. nem tenho obsessão por me agradar. do mesmo modo respeito o que quer pense ou diga.

Paulo Pinto disse...

A candidatura de Fernando Nobre, com os resultados muito animadores que obteve, foi para mim o facto mais positivo desta campanha. Está provado que um candidato digno e independente pode conquistar amplo apoio popular (como Alegre em 2006)e até, quem sabe, ganhar. Os apoios partidários contam cada vez menos, e ainda bem.
Quando as pessoas votam para um cargo nacional, nem sempre pensam (e será que deviam?)no que os candidatos fizeram em termos locais ou sectoriais. Devemos estar gratos a Salazar porque foi durante o seu regime que o comboio chegou ao Arco? Devemos estar gratos a Sócrates pela inauguração da auto-estrada, ou condená-lo por ter extinto o Agrupamento do Arco? Por mim, este foi o único primeiro-ministro que me reduziu o salário. Se um dia ele se candidatar a presidente, não excluo a hipótese de votar nele (não sei quem serão os outros!).
Quanto à abstenção, é o desencanto, o descrédito dos políticos, a esclerose do sistema, tudo isso...Precisamos de reinventar a democracia.

Anónimo disse...

Cavaco ganhou, and so help us god ...

Anónimo disse...

tu so gostas que digam amén contigo, se forem comentários tipo: "subscrevo as tuas palavras vitor".
Os que nao queres ou nao te convêem nem os poes, es um invejoso e so olhas para o teu umbigo, e nao venhas dizer agora que nao fiz bem as coisas porque depois do meu comentario apareceu, como sempre: "o seu comentário ficará visivel após aprovação".

tenha uma boa noite exmo. sr. doutor vitor.

Vítor Pimenta disse...

lol. é isso tudo.