domingo, 10 de abril de 2011

nobre polvo

surpresa, ou nem por isso, num país de fáceis ilusões. fernando nobre é um cidadão livre que pensa pela sua cabeça, com o direito e o fado de tomar as decisões que bem entende, boas ou más. mas para quem fez um percurso nas últimas presidenciais assente na sua independência face aos partidos de poder e seus tentáculos, aceitar o convite do psd para encabeçar a lista por lisboa é vergonhoso e de uma enorme fraqueza de carácter. a mim e a tantos outros que se esforçaram na sua candidatura, reserva-se-lhe a consciência tranquila e o direito à indignação. boa noite e boa sorte.

18 comentários:

Anónimo disse...

caiste no conto do vigario..como muitos outros. a politica esta podre e quem para la vai serve-se dela todos os dias.

onde estao os politicos antigos, pessoas independentes que lutam sozinhas contra as desigualdades? qual a necessidade de um cidadao que se preocupe com o seu bem-estar e o do proximo ter que representar um partido politico??e mais..a personalidade da pessoa e aquilo que ela pensa reflete-se na sua filiaçao a politica.as jotas estao podres e os velhos politicos doentes.precisamos urgentemente de uma nova revoluçao para limpar tudo.

a politica serve o pais..nao se serve dele e seus cidadaos

Anónimo disse...

votei nobre nas ultimas presidenciais...hoje votaria na mesma, é no homem que acredito e não nas suas companhias, não sou tão primário para dizer, diz-me com quem andas e digo-te quem és. O Psd mostrou aqui a disponibilidade e a abertura que falta á democracia portuguesa, Nobre aceitou fazer parte dessa mudança, servirá como ponte entre a politica e a sociedade civil,Laurinda Alves irá também seguir este exemplo.

Aos socialistas desiludidos como o Vitor, custa-lhe o trunfo e a abertura que o partido Social democrata está a ter, mas espero que se comece por algum lado.

Quem vos dera, quem vos dera, ter morrido no dia em que o socrates(o vosso menino doirado tomou posse), por este andar o partido socialista nunca mais vai ver a luz do dia...ficarão as trevas

Pinto de Sousa

Anónimo disse...

verdadeiramente uma desilusão....
que vá passear

Anónimo disse...

Se o Nobre tivesse sido convidado pa ser um boy do PS a tua opinião não seria a mesma. O Nobre está como independente além de que é a primeira vez que se lança o nome presidente da assembleia da república como um trunfo o que demonstra a sua importância e é também interessante ver uma pessoa que apesar dos seus ideais serem de centro esquerda fazer parte da direita o que demonstra a sua independência e demonstra também que Passos quer mudar os paradigmas da politica nacional.
Para concluir dizer-te também caro Vítor que por este post, nunca acreditas-te nele como candidato a presidente da república e só o apoiaste por ele ser o "menos" mau e á mínima contradição desarmas e deixas-te subjugar pelos teus ideais socialistas. Acima de tudo neste tempos á que ter esperança e acreditar na credibilidade das pessoas, se bem que alguns (Socrates) não á esperança que o ajude...
SL

Vítor Pimenta disse...

caros pinto de sousa e sl.

a jogada de pedro passos coelho é espertinha e tem essa banha de fazer juntar na política a "aura limpa" da cidadania e da independência, mas para quem privou em conversas com fernando nobre e ouviu o que lhe saiu da boca, facilmente fica desiludido com esta decisão. não me vou adiantar mais nisso.

de resto, o único objectivo de ppc é garantir o poder ao psd, com ou sem coligação. não há objectivos nobres nos "sociais-democratas" (de nome, que não o são de modo nenhum) nem nos socialistas (outros onde não bate a bota com a perdigota)que não a subjugação do país aos ditames do fmi e bce, apelando ao carneirismo dos portugueses.

neste sentido, é errado julgarem que ficaria mais contente se o homem se tivesse juntado àquele folclore político na lota de matosinhos.

infelizmente para mim, este portugal não é a islândia.

Anónimo disse...

Compreendo o teu sentimento em ralação á atitude de Fernando Nobre.
Mas a aceitação por parte de Nobre de pertencer ás listas do PSD (ou fosse outro partido), não terá sido um bom exemplo para credibilizar a politica em Portugal?
È bom não esquecer que em caso de vitória do PSD, Fernando Nobre (candidato independente nas lista do PSD) será Presidente da Assembleia da Republica, um cargo que é claramente independente aos grupos parlamentares.
Tenham Jaime Gama como bom exemplo disso.
VNT.

Paulo Pinto disse...

Talvez se tenha empolgado em demasia pelo bom resultado que conseguiu nas presidenciais. Mas para mim acho que se trata sobretudo de idealismo um pouco ingénuo, mas respeitável. Irá provavelmente desiludir-se, como outros se desiludiram antes. Pelo caminho, vai desiludindo muitos dos que nele votaram, mas - como diz o povo - o hábito não faz o monge.
Acho mais digno de nota, isso sim, que Passos Coelho lhe tenha oferecido a ele, um independente conotado com a esquerda, o 1º lugar no círculo eleitoral mais importante de todos. Táctica para ganhar votos? Sinal de abertura? Em todo o caso, sinal de inteligência.

Eduardo disse...

Vítor, votei como tu no Fernando Nobre e fiquei surpreendido com a notícia. No entanto, digo-te desde já, que voltaria a votar e que acho que ele fez bem em aceitar este convite. E mais, acho que se conseguir presidir ao parlamento, dignificará o órgão e a função. A cidadania é de facto extraordinária e a independência relativamente aos partidos políticos também. Mas neste país tu conseguirás mudar a realidade se te conseguires integrar num partido político, pois eles são a base do sistema democrático. Infelizmente, sem partidos, até ver, não há democracia. E por isso até percebo que tenha aceite integrar as listas do PSD ainda que, como cidadão independente. Não tenho dúvidas de que Portugal precisa de Homens com a dimensão humana, social e cultural de fernando Nobre, ainda para mais no actual momento, em que, o PS desgraçou as finanças públicas do país e nos fez perder a esperança. Com isto não quero dizer que a solução seja Passos Coelho. Ele tem que revelar o seu programa e o que quer fazer. Mas como funcionário do estado digo-te o que sinto. Eu não tenho ilusões. sei o que aí vem e acho que o país neste momento precisa de um governo de maioria (apesar de eu as abominar) e com autoridade, para pôr as contas em ordem e para nos fazer acreditar de novo. Caso contrário não há futuro para ninguém. Vamos levar muitos anos, a recuperar deste período negro. O Primeiro-Ministro seja ele quem for, vai ser apenas um notário, que se vai limitar (não há outra forma) a assinar as exigências do FMI. E por isso, infelizmente, o estado social, tal qual o conhecíamos, já era. Mas mesmo nesta situação, prefiro que as listas dos partidos sejam, se possível compostas por homens que têm uma visão da vida, humana e solidária, mas acima de tudo pessoas credíveis, como o Dr. Fernando Nobre. E quando se fala em falta de carácter, ponhamos os olhos no Sócrates. Acho que os Vitorinos e outros que tais, que têm valor e credibilidade, deveriam deixar nesta altura, os ordenados milionários e regressar para ajudar o país. caso contrário, vamos ficar na Assembleia como até aqui, com o "refugo" dos partidos e da democracia

Anónimo disse...

Isto não me surpreende nem um pouco, é apenas mais um á procura de "poleiro" não conseguiu de uma forma, vai tentar de outra. Faz-me lembrar muita gente aí por Cabeceiras, mudam de cor política como quem muda de roupa... enfim... é a política no seu melhor.

Anónimo disse...

a politica deve representar isso mesmo...quando nao se concordo com a cor que se representa procura-se noutra cor aquilo que melhor se enquadra connosco.eu sou contra os partidos politicos e a favor das individualidades. se assim fosse muito dos presidentes que tivemos nao chegavam ao poleiro pois nao representam nada para a sociedade nacional, muito menos regional.vejo cidadaos a voluntariar-se para fazer tarefas dificieis de ajudar os outros. esses sim deveriam ser os politicos pois esses, tenho a certeza, iriam servir a comunidade e nao servir-se dela como acontece por todo o lado.

Anónimo disse...

"O Psd mostrou aqui a disponibilidade e a abertura que falta á democracia portuguesa"!!!

mostrou foi um grande oportunismo..tipico da politica!!VERGONHOSO. NAO SE PODE ACREDITAR EM NINGUEM. ANTIGAMENTE OS POLITICOS IAM PARA A POLITICA POR VOCAÇAO E HUMILDADE. HOJE VAO PORQUE NAO TEEM MAIS NADA PARA FAZER E OLHAM PARA A POLITICA COMO A SALVAÇAO DOS SEUS BOLSOS E DAS SUAS CONTAS DO BANCO.

JA AGORA..OBRIGADO SR SALGADO E RESTANTES BANCOS PORTUGUESES PELO ULTIMATO QUE LANÇARAM AO GOVERNO. OBRIGADO TAMBEM AO GOVERNO POR TER USADO O NOSSO DINHEIRO PARA PAGAR AS "ABLIDADES" NO BPN.

ACREDITO MESMO QUANDO DIZEM QUE OS BANCOS SAO INSTITUIÇOES DE ROUBO AUTORIZADAS PELO ESTADO

Anónimo disse...

Arrependo-me de ter votado nele!

Vítor Pimenta disse...

desculpa eduardo, mas das duas, uma. ou fernando nobre é realmente um ingénuo que pensa que vai mudar todo um sistema com esta contribuição ao passo coelho. (e logo com aquela matilha toda do arco do poder que nem à beira do precipício se desgruda de fazer pelo umbigo). ou então fernando nobre só está a fazer pela vida (aquilo que as minhas tripas me iam dizendo) da quantidade de unidades de saúde e camas de hospital que a ami foi abrindo por esse país fora, e à espera do cheque-saúde do liberal passismo.

fernando nobre é só mais um erro de palpite político. mais vale não me meter mais com esta gente. deixei de acreditar e rendi-me ao cepticismo.

Anónimo disse...

Bem vindo ao clube Sr. Vitor.

Anónimo disse...

Pode ser que o senhor não seja tão mentiroso e até amigo de trapalhadas como o nosso PM.
Temos que aguardar para o julgar.
Como alguém dizia temos de começar por algum lado.
Clementino

Anónimo disse...

Ele eté já fez saber que se não for eleito demite-se, (não sei de quê mas enfim)... Aonde andava este homem !!!

Anónimo disse...

Parece que é se não for eleito presidente da AR como lhe prometeram, não se sabe é se foi exigência dele ou oferta do Passos.
este também é dos bons. Serve sim senhor.

Anónimo disse...

Vejam esta, atenção que o escriva é suspeito mas vale a pena ler:

O ESTRANHO CASO DO CANDIDATO NOBRE
Quem se limite a colher as aparências, verá na entrada de Fernando Nobre numa lista do PSD uma traição. E se fizer uma recolha atenta de declarações anteriores do azougado clínico encontrará amplo material para ilustrar a grande distância que existe entre o que repetidamente disse e o que agora fez. Mas quem conseguir desembaraçar-se da cortina de ilusionismo político de que o candidato se envolve, poderá ver com nitidez que tudo o que rodeia este caso é afinal bem mais simples.
De facto, hoje é evidente qual é o lugar ideológico-político do escudeiro do candidato miguelista ao inexistente trono de Portugal. É o que corresponde à sua opção monárquica e ao seu apoio a Durão Barroso e a António Capucho. Os apoios a Mário Soares, ao Bloco de Esquerda e a António Costa não passaram de manobras destinadas a dar uma maior aparência de realidade ao embuste que Fernando Nobre viria a urdir, lançando uma candidatura presidencial que fingiu ser uma componente discreta, moderada e aberta da esquerda, quando afinal era uma auxiliar disfarçada da direita, dirigida, no essencial, a facilitar a vida a Cavaco e a confundir as coisas no seio das esquerdas.
E terá sido o relativo êxito dessa operação de ilusionismo presidencial que terá levado o PSD a tentar explorar o mesmo equívoco. E para dar verosimilhança à ocultação da matriz direitista de Nobre, achou que podia instrumentalizar um alto cargo do Estado democrático para ficcionar a importância de Nobre, ao mesmo tempo que dava a aparência de realidade ao seu alegado supra-partidarismo. Mas como acontece com os ilusionistas que repetem o mesmo truque, as aparência apagaram-se perante a realidade, nesta segunda tentativa, ou nesta tentação de insistir na realidade de uma ficção vinda de trás.
E Nobre foi afinal reduzido à quilo que realmente é : uma personalidade política e ideologicamente de direita que concebeu o embuste de se fazer passar por um candidato presidencial contidamente de esquerda. Embora fosse um verdadeiro seguro político de Cavaco, era sempre apresentado como um dos potenciais causadores de uma ida de Cavaco à segunda volta.
A força das coisas mostra agora que tinham razão todos aqueles que chamaram a atenção para a presença, nas camadas menos aparentes do discurso político de Nobre, de muitas marcas identificadores do conservadorismo ideológico e do reaccionarismo político. De facto, Nobre é um político bem impregnado pelos dogmas e tiques da direita clássica, com uma maquilhagem oportunista de esquerda, propositadamente feita para enganar os eleitores. Por isso, ele não representa nenhuma abertura à esquerda praticada pelo PSD, mas apenas uma tentativa patética de insistir num embuste que deu eleitoralmente algum resultado nas eleições presidenciais.
(...) Ora Nobre só não é um verdadeiro perito nessa utilização, porque vai longe demais na sofreguidão de tornar visível o seu envolvimento em missões solidárias. Não é um hábito decente.
O envolvimento da Presidência da Assembleia da República na tentativa de o PSD prolongar o embuste de Nobre, mostra a completa a ausência de sentido de Estado das personagens que urdiram essa farsa e a fraca qualidade do seu civismo. É aliás irónico e revelador que o seráfico Nobre se tenha envolvido num enredo tão sórdido. A imensa maioria dos políticos inscritos nos partidos, que ele tanto abomina, não teriam estômago para ir tão longe.
in O Grande Zoo
M. Soares