o ps, o psd e o cds negociaram com o feef, o fmi e o bce a aceleração do desmantelamento do estado social, a privatização dos serviços públicos essenciais, do único banco público (aqui d'el-rey se não o fosse aquando de segurar a descompustura do sacro-sistema financeiro português), a venda das empresas do estado que servem realmente o cidadão, as que dão lucro à fazenda. assumiram, no mesmo acordo, a escalada do desemprego, a liberalização do despedimento, a desregulação do mercado de trabalho, subscreveram o desinvestimento, o aumento de impostos, o congelamento de salários. não sabem o que têm para pagar, só sabem que têm de pagar e arrastar gerações com o peso de uma dívida sem retorno possível, sem crescimento, nem esperança. certezas apenas que o país será bem mais pobre. as propostas dos partidos à esquerda disto tudo, passam pela negociação justa do passivo do estado com os credores, uma reestruturação que assegure justiça para com o contribuinte, que dê margem de manobra para o investimento na criação de emprego, em áreas como a eficiência energética, os transportes colectivos, a reabilitação urbana, no reforço do estado social. no entanto, a troika psd-ps-cds é tudo gente sensata. os do bloco ou cdu são os perigosos radicais. não me fodam.
terça-feira, 31 de maio de 2011
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1 comentário:
Vamos ter que reestruturar a dívida, porque nunca poderemos pagá-la, por mais sacrifícios que se imponham (e mesmo que os Portugueses os aceitassem a todos). O país simplesmente não cresce nem crescerá o suficiente para pagar sequer os juros, quanto mais o capital da dívida! O BE e a CDU têm razão nesse ponto, como os partidos da governação acabarão rapidamente por reconhecer (que remédio...).
No entanto, diabolizar o FMI e o FEEF, recusar dialogar com eles, etc., parece-me insensato e motivado pela táctica política. Ou seja, a táctica politiqueira que os partidos, da direita à esquerda, utilizam para ganhar votos para eles e poder culpar os outros todos por todos os males. É isto que alimenta a descrença no sistema e nos políticos, chamem-se eles Passos, Sócrates, Portas, Louçã, Jerónimo, etc. (pese embora as diferenças entre eles e os pontos fortes e fracos de cada um). Depois admirem-se que os movimentos sociais espontâneos sejam alérgicos aos partidos organizados, mesmo aos que se tentam colar a eles...
Quando não nos reconhecemos em nada do que nos dão a escolher, como votar? Só se for talvez no Partido pelos Animais e pela Natureza. Afinal, como dizia um pensador francês de outros tempos, «quanto melhor conheço as pessoas, mais gosto dos animais».
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