segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Definhamento político do PS local

O Partido Socialista de Cabeceiras de Basto está perante uma iminente cisão política. Ninguém esconde esta evidência. Claro que isto não é um fruto do momento (leia-se a candidatura independente de Jorge Machado) mas, sim, o resultado de algo mais profundo. O processo triturador de vinte anos de poder autárquico (que tem implicações profundas na organização partidária), as incontáveis "purgas políticas" (destacados militantes e antigos dirigentes "convidados a sair" através de processos dúbios), o centralismo democrático do PS local (quase não se distinguem os dirigentes do partido com os dirigentes autárquicos), a falta de diferentes visões políticas, entre outros, levou a um evidente esvaziamento de ideias e pessoas. Como consequência o PS local está metaforicamente transformado numa igreja de "opinião única". É impensável, nos dias que correm, que alguém internamente questione ou mesmo debata as principais linhas diretivas do PS. Isto é um sintoma de que a doença da "opinião única" está em fase avançada e ameaça definhar o portador.

Esta situação pode ser facilmente verificável através de uma simples observação da realidade política em Cabeceiras. Basta questionar quantas e quais foram as iniciativas do PS local nos últimos anos? Onde pára a Juventude Socialista? Onde param as opiniões, os comentários, as ideias, enfim, o debate político? Embora não comungue das linhas políticas do PS (local ou nacional) acredito que os partidos democraticamente saudáveis são essenciais para a qualidade da democracia e para o aprofundamento desta. Portanto, desejo que o PS local se erga. No entanto, há algo que é quase insofismável: com estas políticas, com a atual direção política, o PS local está condenado a definhar.

3 comentários:

Anónimo disse...

é derreter os vícios de quem está na politica à mais de 30 anos. estes chulos que não sabem fazer mais nada, que vão mas é trabalhar.

Anónimo disse...

faço bis a este discurso: "Discursos populistas, é o que mais temos ouvido e lido. Posturas neutras, ou posturas de combate,a favor da crise quando convém, contra ela quando interessa.

Esta senhora fará o mesmo que o outro ou pior.

Apenas e só quando alguém enfrentar as coisas a sério e aceitar que poderá ser alvo de violencia, insultos e até de pobreza, pois enfrentará muitos poderosos, teremos algo de bom.

Até lá, a política serve apenas para cada um se governar.
Aprendamos algo com o "caso nobre"

Anónimo disse...

Cisão política só porque alguns presidentes de junta apoiam o Dr. Jorge Nas próximas autárquicas, caso ele decida candidatar-se?
Não, o partido acabou á muito quando ganhou as eleições e começou a despedir militantes e simpatizantes.