domingo, 6 de janeiro de 2013

lágrimas de crocodilo e oportunidades perdidas

Os presidentes de Junta de Cabeceiras de Basto remarcaram a sua posição pela manutenção do actual mapa, comandados pela batuta de uma qualquer entidade superior, que pensa sempre por eles. Sabendo da força da reforma, puxada pelo memorando da troika, a função destes era abrir a discussão à população que é a mais interessada e afectada. Mas não, lavaram as mãos num documento de intenções como se isso os livrasse do dedo acusatório de deslealdade democrática.

Verdade é que o novo mapa de freguesias, numa grande parte, até não baralha muito a realidade socioeconómica do concelho e permite que, tanto o PS e o PSD/CDS, mantenham a cor das suas juntas. Na bebedeira partidária é-lhes igual ao litro. À excepção, claro, de Gondiães, onde a fusão com Vilar de Cunhas ainda pode esquentar um bocadinho mais a luta pela presidência daquela futura União de Freguesias, que agrega um espaço rico de bela paisagem, tradições e baldios. No fim, quem beneficia mais é Refojos, que agrega duas grandes freguesias coladas (Outeiro e Paizela), ficando a somar praticamente 6000 habitantes, mais de 1 terço da população total do concelho, o que lhe permite assumir o papel de decidir tudo e mais alguma coisa. 

Os núcleos urbanos mais prejudicados são Cavez e, sobretudo, Arco de Baúlhe, a freguesia sede da segunda vila e territorialmente a mais pequena do concelho, que irá agregar-se com outra pouco maior (Vila Nune), mas cuja ligação afectiva e económica, enfim, todo o espaço identitário, obrigaria à mesma lógica tomada para a Sede do Concelho. E isto passaria por questionar também as populações da Faia ou mesmo Pedraça sobre se a sua vontade em fazer parte de uma futura União que contrariasse a errada tendência centralista, evidenciada na ineficiência do Mega-agrupamento de Escolas, também este formado no mesmo pranto de lágrimas de crocodilo. Feitas as contas, o concelho beneficiaria muito mais se investisse numa realidade dual, como o distrito ganha em ter Braga e Guimarães, e o País em ter Lisboa e Porto.

4 comentários:

Anónimo disse...

é-se preso por ter ou não ter cão.

já reparou que nunca está contente com nada? porque não se candidata a essa câmara? quem sabe não faria melhor? pense nisso.

cumprimentos

Anónimo disse...

Cala-te ó melga, já não se pode ter opinião? Limita-te a dar a tua. Vêsse que estás abituado a mandar e os parvos a obedecer. mas isso vai mudar.

Anónimo disse...

Pois vai, não sei é se para melhor!!

Anónimo disse...

E isso agora tem algum interese, falta saber o que consideramos melhor, pois o que é bom para muitos pode mau para outros e vice versa