terça-feira, 16 de julho de 2013

Até sempre, Partido Socialista

O PS fecha a porta do diálogo ao BE mas mantém-na aberta para o Governo (PSD+CDS+Cavaco). Amigo Seguro e demais colaboracionistas, um pequeno apontamento sobre este acontecimento. Com este acto definiram o rumo que pretendem para o PS, o que clarificou a vossa posição na geografia política portuguesa. Confesso que vossas excelências perderam uma oportunidade de recolocar o PS no espectro político que, alegadamente, se dizem originários. Em concreto, há muito que fugiram da tríade de princípios que deveria guiar-vos e, ao que parece, foram por um caminho sem retorno. Agora, o governo de Esquerda ter-se-à que fundamentar no que resultar de uma união do BE, CDU e demais movimentos sociais. Sem o PS, claro. A gravidade do momento assim o exige e assim espero. Até lá, caro PS, desejo-lhe uma profunda e dolorosa "pasokização". Fez por o merecer e eu, comum mortal, não o posso impedir. Nem quero.

16 comentários:

Anónimo disse...

Já se esqueceu do que esses mesmos partidos de esquerda fizeram ao anterior governo!!
Temos mesmo memória curta!!!

Marco Gomes disse...

Diga lá, por favor, qual foi a maldade que "estes" partidos de esquerda fizeram ao impoluto governo de Sócrates.

Anónimo disse...

como eu te compreendo anónimo das 9,14....foram os partidos de esquerda q ao chumbarem o pec abriram caminho à governação do psd/cds e à entrada da troika.... e por aí fora....

Marco Gomes disse...

Parece que o revisionismo histórico daquele momento voltou a estar em voga, muito por causa do retorno de Sócrates e companheiros às televisões. Vejamos, os partidos da esquerda chumbaram os PEC I, II, III e, vejam lá a coerência, o IV. Então o que se passou relativamente ao PEC IV? O PSD, que tinha dado a mão ao PS na aprovação dos outros pacotes, chumbou o PEC IV. Em resumo, o PSD aliou-se aos partidos de esquerda. Mas porque razão o PEC IV, como restantes, foram chumbados pelos partidos de esquerda? Leram os PEC, em particular o PEC IV? Pois bem, neles estavam previstas as maravilhosas medidas de austeridade tais como privatizações de empresas e bens públicos, subida de impostos, cortes de salários e subsídios, etc. Sabem, o PEC IV foi a semente da primeira versão do memorando. Era, essencialmente, um PEC austero. Logicamente, quem defende um caminho diferente não iria dar a mão ao PS (em relação ao PEC IV) só porque o PSD mudou de lado. É a coerência que tanta falta ao arco da governação. O Sócrates não negociou com a esquerda o PEC IV, nem os outros PEC, pois contava com os socialistas do PSD. Pôs-se a jeito. Não passou o PEC IV, então demitiu-se provocando eleições. Neste intervalo assinaram o memorando do saque com as assinaturas do PSD e CDS, amigos de sempre nos últimos trinta e tal anos de Democracia. Depois houve eleições e a maioria dos eleitores deram os seus votos à direita. É esta a história. Anos depois, após a implementação agressiva das políticas de austeridade já inscritas nos PEC, o PS, sempre em nome da responsabilidade e dever patriótico, dará uma lufada de ar fresco ao governo. Adiando as eleições antecipadas para o próximo ano, dando tempo para privatização e espoliação do património público. Tudo em nome da Nação, entenda-se. No fim, como sempre, lixa-se o mexilhão e culpa-se a esquerda. Acreditam que com austeridade "soft" (falhou nos três PEC de Sócrates) ou "hard" (de Gaspar e Passos Coelho) sairemos desta espiral de empobrecimento e depressão? Só os crentes é acreditarão pois a realidade e o pragmatismo dizem para fazermos o caminho inverso ao que os partidos da responsabilidade (quem governou Portugal nos últimos trinta e tal anos?) querem percorrer.

Anónimo disse...

Só treta Sr. Marco Gomes!!
As percentagens dos partidos de esquerda dizem tudo, não precisa gastar a sua ortografia para explicar seja o que for. Os comunas
portugueses até se dão ao luxo de fazer almoços/jantares com os betinhos da direita aí de Cabeceiras, (ninguem me disse, fui eu quem viu).Quando é para "lixar"
alguem, tanto esquerda como direita e extrema direita fazem pactos impensaveis; foi o que aconteceu com o anterior governo. Não pense que é o dono da verdede, viu??

Marco Gomes disse...

O anónimo acusa-me de treteiro e "dono da verdade", mas não refuta nem um ponto do que eu escrevi anteriormente. Penso que não está a ser sério. Sobre o outro assunto, não sei o que as relações pessoais têm a ver com as afinidades políticas. Se um "comuna" é amigo de um "fascista" não vejo qual é o problema de jantarem juntos. Eu consigo separar as coisas, o amigo anónimo parece que não. Tem que relaxar mais, olhe que a "partidarite" quando se intromete nos relacionamentos pessoais faz mal à saúde, física e mental.

Anónimo disse...


Viva os apartidários de Cabeceiras. Somos poucos mas bons ;)

Anónimo disse...

Se um comuna é amigo de um fascista, é falso.

E se consegue separar as coisas então é cinico, ou falso, ou não é amigo de tal pessoa

Marco Gomes disse...

Há quem diga que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é". Obviamente, que o anónimo não partilha esta visão da amizade. O anónimo tem uma visão a preto e branco do relacionamento humano, desprezando a sua complexidade e a sua virtuosidade. Para si duas pessoas que perfilham ideais políticos diferentes não podem ser "amigos". Se aparentam ser, então são cínicos. Obviamente, o único cinismo presente é na sua afirmação. É claro que podem. E é falso classificar como falso aquilo que é verdadeiro. Existem imensos casos onde as ideias e os gostos antagónicos não impedem a concretização de uma relação de amizade entre duas pessoas. Mas isto não interessa. O que interessa é frisar a ideia de que a política se sobrepõe ao homem e à relação deste com os demais, apenas para confirmar a visão redutora e cínica que o anónimo tem do mundo. Repito o conselho: relaxe e viva a vida como ela é, sem tabus e preconceitos. Viverá mais e melhor, acredite.

Anónimo disse...

Sr Marco: Há aqui alguma confusão nos anonimos ;) mas isso não importa nada...
Mas que é estranho é; luis filipe do pcp, á mesma mesa com "terrível" e augusto,e outros... etc. é no mínimo estranha essa amizade,e sim, faz lembrar a esquerda e direita que derrubaram o anterior governo.
Já é "velho" aí por Cabeceiras nas autárquicas o cds e cdu tambem, trabalharem para o psd ou antes, contra o ps, o Marco é que não sabe, é muito novo!!!

Marco Gomes disse...

Bem, então o PS é useiro e vezeiro na amizade com a direita. Sobre a velhice, já me senti mais novo, já.

**não me trate por sr. se faz favor, Marco chega e sobra. Obrigado ;)

Anónimo disse...

já reparou sr. marco gomes, que você, lança os foguetes, faz a festa e ainda apanha as canas?

Marco Gomes disse...

Já. É fixe.

Anónimo disse...

Vê-se mesmo que era só para chatear mas também , para isso, podia ir chatear a tia. Tem um entendimento e pêras. O autor do texto explica, troca tudo por miúdos, e responde a tudo. O outro diz que não diz nada quando ele é que escreve baboseiras... enfim, tolo é quem lhes dá troco. Mas eu até percebo, é para quebrar a monotonia reinante (?????).

Marco Gomes disse...

Tem toda a razão. Tolos são aqueles que ainda perdem tempo a exprimir-se neste e em outros espaços de debate. Devo-lhe confessar que a escrita neste blog, e nestas caixas de comentários, serve, em primeiro lugar, para aliviar o ímpeto de opinar sobre tudo e sobre nada. Mesmo que escreva para as paredes, não paro. Isto já não é um defeito, é feitio.

Anónimo disse...

Muito bem Marco, só lê e comenta quem quer.
Cumprimentos.