A renovação, ou a intervenção micro-cirúrgica, feita no Governo de Sócrates apenas contribui para o eucalipto. Sem António Costa, Sócrates é a estátua na rotunda e Pedro Silva Pereira, o pombo que lhe arrula ao ombro... Sem oposição que atice o Partido Socialista - em Lisboa ou em Cabeceiras - e com figuras aparentemente maiores que elas próprias a acumular as suas funções e as que deviam ser dos outros, sobra uma militância ensonada, sem debate e sem mobilização. Perde-se a força motriz de transformação social.
Que o diga, Pedro Nuno Santos - o Secretário-geral da JS - que bem tenta mexer na máquina por uma questão em que estamos deveras atrasados. Aliás, diga-se, que a não consagração do direito do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo vai contra a Constituição Portuguesa - os deputados andam, na sua maioria, a violá-la por negligência.
De resto é vê-los, aos deputados do PS, amorfos que nem se dignam em atestar que se parecem com tudo menos com deputados do Partido Socialista. Sim, talvez com os do PPD /PSD, esses amuados por um líder mais pequeno que o palanque - e não é piada sobre alturas (não tenho com que me gabar) é mesmo da pequenez política. Mas nesta questão nem o PCP e os Verdes escapam. Dos do PP, nem vale a pena falar...
Mas adiante. É um Governo, bom ou mau, como o País, de uma só cabeça grande, demasiado grande, demasiado só.
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