Não se assustem os leitores com a foto (mais um desvario), que com este senhor partilho a futura profissão e a pose fotográfica, e o meu socialismo é menos dependente do Estado, libertário ou liberal, sem armas em punho. Prefiro disparar palavras, escritas aqui e noutros blogues. E portanto, quando em jornais locais falam nestas coisas e porque é demais evidente, não me importo de dar a cara e enfiar o carapuço. (Não digo o termo usual, não vá ter o rodilho de fonia consequências maiores que estes últimos escritos imprimidos). Há, no entanto, um terrível equívoco nestas faladuras da prensa porque não sei a que se refere, por exemplo, o A.C. (que ainda não sei quem é, nem ninguém certamente) no que diz respeito a dor de cotovelo. Eu pelo menos de cotovelo, de momento, não ando dorido. Talvez dor de cabeça com gente que não percebe nada destes espaços e fica paranóico com os devaneios das pessoas. Pior ainda quando, no alto da sua anciã sapiência, a medrar as liberdades de expressão recheadas de propósitos demoníacos, [estes dois colunistas] apontam a juventude de salazares em potência.
Ora aí enlameiam-se logo: esta técnica do medo, a coisa desconhecida, e sobretudo à gente de tenra idade em política e cidadania, é por si uma gaffe pois faz lembrar as molduras do Estado Novo. É má educação política e também um erro de provisão de valores, porque o Portugal de futuro far-se-á de gente livre, e que se sente assim, e não de gente acanhada e de vista encurtada como mulas, em carreiros como gado, que embora apeneirada sob ícones da revolução de Abril, faz lembrar a mocidade portuguesa nos maneirismos e condutas. Registados, aliás, na amostra quando de algum modo - e é ler-lhes os textos - sorvem para si conquistas que foram do país democrático na generalidade, integrado na U.E, como sendo a melhoria das condições salubres e de vida das pessoas e afins, ou mesmo da Internet (um outro feito do regime e que parece exclusivo do concelho...). Dá a impressão, outrossim, que Cabeceiras de Basto, nesse aspecto, é um oásis num Portugal atrasado, de gente a arreganhar a poia para um buraco, e a largar restantes formas de fezes na rua em tudo quanto é vila, cidade e lugarejo. O que, mesmo na compulsiva autoflagelação à nossa mediocridade, sabemos que não é verdade.
Mas adiante, sirva como esclarecimento: o pressuposto da finalidade de um blog, como tentam apontar as ditas personagens, é então por aí muito mal diagnosticado. Um blogue, como é o meu, o do Marco e outros que tais, que tanto gosto de ler e referenciar, é um espaço de exercício pessoal, opinativo, livre, impulsivo muitas vezes, e que lhe dá esse sabor que arrasta multidões de gente (vá, nem tanto). Enfim, possíveis porque são de e da Democracia e, como ela, moldáveis, adaptáveis aos tempos e às novas verdades. Mais: quem me vem lendo desde há mais de 2 anos, sabe perfeitamente que não me custa recuar numa opinião se melhores argumentos aparecerem e até, de certo modo, podem notar algumas incongruências típicas de espasmos de alma, de quem vem aprendendo com a vida, estados de espírito mais ou menos elevados, e que resultam em muitas imbecilidades(?) publicadas, com mais ou menos sentido de responsabilidade e de humor. Mas é da minha conta e risco, e uma vida sem isso não tem grande piada.
Neste sentido, o O Mal Maior é agora mais do que era seu propósito no início: uma expressão do meu eu, como cidadão, futuro médico, pessoa, português, cidadão do mundo, de Cabeceiras, do Arco, da Faia, de Braga, do Minho, de Eindhoven ou Utrecht, de sítios onde nunca fui. Dão conta aliás, que o engrunho [ao blog], jabardo nele, escrevo coisas que não interessa nem no acto de dar palha à burra, meto imagens, fotos, desenhos, caras, minhas e de outros. É, albezes, diário de coisas pessoais (e talvez nem o devia ser), e do que delas podem os que me lêem tirar, porque me decidi expor e partilhar no altruismo de me enriquecer com os outros e os outros comigo.
Mais, o blog não tem nenhum objectivo de abalar governos democraticamente eleitos, da minha freguesia a S. Bento, e dos quais desbraguei bandeiras ao alto com muita vontade . Tão pouco de os deitar abaixo- e nem tenho força para isso, há gente demasiado pesada e difícil de mover do sítio - mas antes de os fazer funcionar olhando o burburinho em redor. E portanto nunca fiz por demolir as coisas que fizeram de Cabeceiras de Basto, concelho agora apontado no mapa por muito boas razões e outras más. Entre elas lamentáveis erros gestão partidária local, aquando de excursões compulsivas a santuários que não ficaram bem a um partido laico, quanto muito ecuménico, para lá de outras vertentes de política dura e ortodoxa, e quando o mesmo tinha - e tem! - todas as condições de se modernizar nas linhas e atitudes, dado o restante cenário partidário absolutamente desolador.
Mas adiante, sirva como esclarecimento: o pressuposto da finalidade de um blog, como tentam apontar as ditas personagens, é então por aí muito mal diagnosticado. Um blogue, como é o meu, o do Marco e outros que tais, que tanto gosto de ler e referenciar, é um espaço de exercício pessoal, opinativo, livre, impulsivo muitas vezes, e que lhe dá esse sabor que arrasta multidões de gente (vá, nem tanto). Enfim, possíveis porque são de e da Democracia e, como ela, moldáveis, adaptáveis aos tempos e às novas verdades. Mais: quem me vem lendo desde há mais de 2 anos, sabe perfeitamente que não me custa recuar numa opinião se melhores argumentos aparecerem e até, de certo modo, podem notar algumas incongruências típicas de espasmos de alma, de quem vem aprendendo com a vida, estados de espírito mais ou menos elevados, e que resultam em muitas imbecilidades(?) publicadas, com mais ou menos sentido de responsabilidade e de humor. Mas é da minha conta e risco, e uma vida sem isso não tem grande piada.
Neste sentido, o O Mal Maior é agora mais do que era seu propósito no início: uma expressão do meu eu, como cidadão, futuro médico, pessoa, português, cidadão do mundo, de Cabeceiras, do Arco, da Faia, de Braga, do Minho, de Eindhoven ou Utrecht, de sítios onde nunca fui. Dão conta aliás, que o engrunho [ao blog], jabardo nele, escrevo coisas que não interessa nem no acto de dar palha à burra, meto imagens, fotos, desenhos, caras, minhas e de outros. É, albezes, diário de coisas pessoais (e talvez nem o devia ser), e do que delas podem os que me lêem tirar, porque me decidi expor e partilhar no altruismo de me enriquecer com os outros e os outros comigo.
Mais, o blog não tem nenhum objectivo de abalar governos democraticamente eleitos, da minha freguesia a S. Bento, e dos quais desbraguei bandeiras ao alto com muita vontade . Tão pouco de os deitar abaixo- e nem tenho força para isso, há gente demasiado pesada e difícil de mover do sítio - mas antes de os fazer funcionar olhando o burburinho em redor. E portanto nunca fiz por demolir as coisas que fizeram de Cabeceiras de Basto, concelho agora apontado no mapa por muito boas razões e outras más. Entre elas lamentáveis erros gestão partidária local, aquando de excursões compulsivas a santuários que não ficaram bem a um partido laico, quanto muito ecuménico, para lá de outras vertentes de política dura e ortodoxa, e quando o mesmo tinha - e tem! - todas as condições de se modernizar nas linhas e atitudes, dado o restante cenário partidário absolutamente desolador.
E incomoda, como admira, que os arautos de uma força política que fez das linhas orientadoras do seu governo democratizar o acesso às tecnologias de informação, de repente se esperneiem, abominando tudo o que, em espírito livre, delas se vai produzindo.
17 comentários:
Subscrevo inteiramente o que dizes. Parabéns pelo blog e acima de tudo nunca deixes de expor os teus pontos de vista, "doa a quem doer", goste-se ou não. Esse partido de que falas e ao qual eu me dediquei durante 18 anos, tendo como referências Soares, Zenha ou Alegre, é em termos de pluralidade interna e respeito por todas as opiniões, uma sombra do que foi. Há demasiado poder entranhado no partido. Há demasiados cargos e mordomias para assegurar e manter. Há vícios instalados em gente do aparelho, que sempre viveu da política e a quem não se conhece qualquer ocupação ou profissão na sociedade civil. E acima de tudo há pessoas na nossa terra que se julgam "património do 25 de Abril", falam frequentemente em liberdade e comemoram Abril, distribuindo taças e fazendo discursos inflamados, mas tendo no dia a dia para com os seus concidadãos atitudes anti-democráticas e até censórias, como é visível nos artigos do dito jornal. É gente que cresceu politicamente e conquistou o poder em cabeceiras, a invocar Abril e a "demonizar" o partido e o homem que presidiu à Câmara durante 14 anos, mas que chegados ao Poder, acabaram por cair nos mesmos erros e excessos do poder cessante, ao procurar condicionar liberdades individuais. Os blogues como o teu e o do Marco fazem falta sim senhor, para aplaudir o que está bem, mas fundamentalmente para construtivamente criticar o que está mal.
Parabéns pelo texto, pelo blog...
Apesar de não ser das vossas terras, aprecio a tua forma de escrever e admiro a tua frontalidade, que, hoje em dia, é rara...
La-Salete
Excelente post. O poder autárquico exercido durante anos e anos cria uma teia de interesses e conexões altamente intransponíveis. Os eleitores ficam viciados e dificilmente querem alternâncias independentemente dos partidos do poder.
Defendo 2 mandatos como acontece com a eleição presidencial.
A luta continua!
Subescrevo e apoio.
Eis uma definição curta mas incisiva de um blog:
espaço de exercício pessoal, opinativo, livre, impulsivo é assim e há-de continuar assim.
Até que a mão doa.
Cumprimentos.
Esta discussão faz lembrar-me uma música de um Grupo que já acabou, que era do arco ou de cabeceiras, não sei bem, mas que teve um certo sucesso junto de uma geração nos anos 90, chamavam-se mesmo GERAÇÃO 90, dizia mais ou menos assim: " por isso sê radical esquece como eu esqueci, a merda do mundo, do mundo onde eu nasci..." realmente nascer neste mundinho cabeceirense tem destas coisas.Victor acho que deves dar de barato e quanto mais publicarem o que escreves melhor...BJS
O Mesa da Ciência, embora não citado, também se preocupa muito com Cabeceiras de Basto, fazendo mais que isso, discute e publicita o que por aí se passa.
Um blogue independente incomoda muita gente.
«Não são só os protagonistas da escrita, mas também, e sobretudo, muitos daqueles que tendo acesso aos referidos escritos, não se coíbem em fazer comentários, sejam eles de índole política, económica, social, educativa, urbanística, rural, desportiva, científica e tudo o mais.»
Parece-me que os artigos referidos do jornal local não eram especialmente destinados aos autores dos blogues. Antes a alguns dos comentários e comentadores que neles surgem. Uns sabem quem são os outros e os blogues, por si mesmos, não são assim tão importantes nesta guerra de trincheiras.
Não se tomem, portanto, o autor deste e de outros blogues como as vozes da revolta popular cabeceirense. Não passam de meros intermediários...
Subscrevo-o Sr. anónimo.
Olhe, sr. Anónimo do Meidia e quarente e dois. Quase que o subscrevo. Porque não sou voz de nenhuma revolta popular, para além de não ter nenhuma simpatia pelo reaccionarismo ou pelo PP, tenho pouca paciência para chegas de bois de momento. E para intermediário já me basta ser médico em formação.
ora essa!? vamos agora deixar de escrever só porque um jornaleco de caca e as pessoas que dele fazem parte não gostam de ouvir a critica. e ficaram com ciumes por alguem se lembrar de falar nestes espaços e formas de expressão! o anonimo do meidia fez-me lembrar um discurso do Salazar aos pobres "cuidado com as blasfémias de certos perturbadores..." haja paciência...
eu acho que o referido anónimo está a tentar emendar a mão.
Julgo que é uma estratégia inteligente e correcta, ao invés de atacar os blogs de uma forma, digamos, "selvagem". Há que adoptar uma outra estratégia, essa sim mais inteligente, que é discutir verdadeiramente as questões com elevação e correcção. É assim em democracia!
Tenho-me divertido imenso a ler os vossos blogs, e sbe Sr. Vitor Pimenta; como eu gostava de vos ver a todos numa chega de bois!!!
Olhe, meu caro anónimo, nem lhe quero comentar as suas prováveis fantasias com minotauros.
As minhas fantasias não são com minotauros mas sim consigo.
Lol. Ok, bom humor, é o que interesssa :)
Mas que vem a ser isto??
Já ha fantasias uns cús outros!?
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