Em Portugal, o 25 de Abril, encostou o espectro democrático, hipocritamente, do centro para a esquerda, quando não o devia. Sobrou este centrão híbrido, rosa-laranja, que não é nada e é tudo, que não se lhe descortinando grandes diferenças, engonha o país em questões menores sem um verdadeiro confronto político, para além das guerras de carácter e do insulto cínico. E sem uma agenda política, sem uma definição clara de um rumo, não há maneira de estancar a sangria de gente, das bases de apoio, ao longo dos zigue-zagues governativos. Sina, alías, de Governos portugueses seguídos, uns atrás dos outros.
Em Espanha não. Há uma clara Direita, e há uma clara Esquerda. E o PSOE é o que vejo de um partido socialista/social-democrata realmente: de esquerda, laico, moderno, humanista e batendo-se pelas questões fracturantes de Sociedade - dos direitos e liberdades civis - sem medo de as assumir, com a força de bases ideológicas congruentes com as pessoas que o compõe. Há ideais em Espanha. Aqui, vai havendo um circo de idiotas. Olé!
Imagem do Público.es
3 comentários:
O "O" de operário está a mais, lembra uma organização da IV internacional. O que é que Zapatero tem de operário?
JMF, operários somos todos, de algum modo. E não estando nós nos inícios dos anos XX, são outras as perspectivas. Prefiro o PSOE, como o é em Espanha, que o actuar estado do congénere português. Lá, apesar de tudo, e da enorme parede conservadora-neoliberal espanhola, é o aríete que se pode ter.
como poderiamos ter um PS em portugal com uma ídole de esquerda, se o líder vem de uma direira neo-liberal caduca!? José sócrates esteve ao lado de lucas pires, durão barroso, cavaco silva etc..., nos idos anos de 78/79...
o PS neste momento tem pouca genese socialista é uma coisa liderada pelo coiso, que quer fazer umas coisas, mas sem coiso. e depois alastra-se pelo país fora até à nossa santa terrinha...
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