sexta-feira, 30 de setembro de 2011

breve resumo da irresponsabilidade dos eleitores

Foram os eleitores, e não as leis, que reelegeram Isaltino depois da sua condenação. E não se tratou de caciquismo ou compra de votos. Oeiras tem os munícipes mais instruídos e com mais poder de compra do País. Os mesmos que se indignarão porque um qualquer pilha-galinhas "é apanhado hoje e amanhã já está cá fora". Não é a justiça que distingue o ladrão rico e o ladrão pobre. São os próprios portugueses. Gostam de ser roubados. Desde que o ladrão, claro, "tenha obra".

2 comentários:

Abel Alves disse...
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Abel Alves disse...

Pois parece ser um hábito os portugueses votarem neles (nos mesmos)quando interessa ao umbigo, independentemente de serem suspeitos de envolvimento em processos crime ou independentemente de terem contribuído para o endividamento do Estado.

A sina é sempre a mesma, criticá-los porque são ladrões e criticar a justiça que não funciona, mas ao mesmo tempo esquecer que é nas urnas que se pode e deve fazer justiça de alguma forma, votando nas alternativas. Porém, isso desmontaria o aparelho, e o grosso do eleitorado sofreria as consequências, e isso o povo não quer.

Num país a sério, qualquer cidadão sobre o qual recaiam elementos de prova que determinem fortes suspeitas de envolvimento num processo crime e/ou cuja sentença o condene, ainda que por tribunais de instâncias inferiores, deveria estar impedido de se candidatar a qualquer cargo público, sobretudo político. Não é para isso que pedem às pessoas o registo criminal quando se candidatam a funções públicas?! E o mesmo deveria acontecer nos casos em que fique provada gestão gravemente danosa com consequente prejuízo para o Estado.

O caso de Isaltino é apenas mais um, aconteceu o mesmo a Fátima Felgueiras ao ser reeleita depois do famoso "saco azul", e talvez aconteça o mesmo a Alberto João Jardim (ainda que por motivos diferentes).