Foram os eleitores, e não as leis, que reelegeram Isaltino depois da sua condenação. E não se tratou de caciquismo ou compra de votos. Oeiras tem os munícipes mais instruídos e com mais poder de compra do País. Os mesmos que se indignarão porque um qualquer pilha-galinhas "é apanhado hoje e amanhã já está cá fora". Não é a justiça que distingue o ladrão rico e o ladrão pobre. São os próprios portugueses. Gostam de ser roubados. Desde que o ladrão, claro, "tenha obra".
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
breve resumo da irresponsabilidade dos eleitores
por
Vítor Pimenta
Etiquetas:
Democracia,
Polícia,
Portugal
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2 comentários:
Pois parece ser um hábito os portugueses votarem neles (nos mesmos)quando interessa ao umbigo, independentemente de serem suspeitos de envolvimento em processos crime ou independentemente de terem contribuído para o endividamento do Estado.
A sina é sempre a mesma, criticá-los porque são ladrões e criticar a justiça que não funciona, mas ao mesmo tempo esquecer que é nas urnas que se pode e deve fazer justiça de alguma forma, votando nas alternativas. Porém, isso desmontaria o aparelho, e o grosso do eleitorado sofreria as consequências, e isso o povo não quer.
Num país a sério, qualquer cidadão sobre o qual recaiam elementos de prova que determinem fortes suspeitas de envolvimento num processo crime e/ou cuja sentença o condene, ainda que por tribunais de instâncias inferiores, deveria estar impedido de se candidatar a qualquer cargo público, sobretudo político. Não é para isso que pedem às pessoas o registo criminal quando se candidatam a funções públicas?! E o mesmo deveria acontecer nos casos em que fique provada gestão gravemente danosa com consequente prejuízo para o Estado.
O caso de Isaltino é apenas mais um, aconteceu o mesmo a Fátima Felgueiras ao ser reeleita depois do famoso "saco azul", e talvez aconteça o mesmo a Alberto João Jardim (ainda que por motivos diferentes).
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