sábado, 11 de agosto de 2007

Variantes e Perspectivas Variáveis VI : Cabeceiras do Ave

A rejeição ou negligência com a via do Tâmega não parece inocente. Na entrevista que Joaquim Barreto dá ao Primeiro de Janeiro é dito que "que Cabeceiras de Basto deixou de pertencer à unidade geográfica do Tâmega (rio que atravessa toda a região de Basto), para se integrar na NUTS III – Ave, passando a fazer parte da unidade geográfica do Ave."

Ora, isto mostra que Cabeceiras de Basto é cada vez menos de Basto e mais do Ave. Talvez por falta de consonância política - como tão pouco importasse fazer ajuntamentos com concelhos laranja. É portanto, também neste aspecto, um concelho autista. E torna-se lógico que uma variante do Tâmega não interessa a um concelho do Ave. Só não entendo a fantochada dos Fóruns entre concelhos do Tâmega ou então o papel da Probasto - para que serve? Pagar salários europeus a mais meia dúzia de burocratas?

E quê? É este o concelho que queremos? A portar-se como um enclave na região de um Basto encostado à parede?
Se calhar era melhor que se vendesse a estátua que se tem na Praça da República a Celorico ou Mondim. Ou então, a Ribeira de Pena que, não tendo Basto no nome, poderia tê-lo na Praça de frente aos Paços Municipais...
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Adenda: Pelos vistos, o concelho de Mondim também abandonou a NUTS III do Tâmega e virou-se à do Ave. Estranho este entendimento - ai 'pera aí, aquele plano de combate ao desemprego no Vale do Ave. Que bem, mais subsídios...
E já agora, para onde estão virados Celorico e Ribeira de Pena? É assim? Uns para cada lado? É que quanto ao facto de Cabeceiras de Basto ter mais afinidade cultural, económica e social com Guimarães, Fafe e Braga só se for na cor política dos Presidentes de Cãmara. Basta ver a actividade económica, e afins, no sul do concelho para ver as afinidades que há com as outras gentes da Região de Basto. Enfim, paleio. Mas, lido essa notícia, até parece que alguém nos Paços lê este blog às vezes.

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