© zwigmar
Por razões de compromisso e logística, não assisti ao debate da passada quinta-feira, que não terá sido outra coisa que não mais uma sessão de deformação sobre o complexo de Barragens do Alto Tâmega, desta vez a cargo da Iberdrola. De outro modo, a "esperteza saloia" da organização ainda não quis perceber que não há informação se não houver contraditório em cima do palanque.
Pois assim não admira, como soube de fonte segura, somado da experiência que tive com os vendedores de banha de cobra da EDP, que nem com os grunhidos de Paulo Gonzo enganam um consumidor atento, o peixe também ele bem vendido pelo mercador anafado do Pina Moura, o derradeiro peixe graúdo do coorporatburo português, das camas que a carreira política faz e grão-embaixador dos seus próprios interesses. O odre genial, provavelmente em desgraça tão mau ou pior ministro que Pinho, lá se desbragou em barbaridades como a da "água, a energia renovável por excelência". Não falou de hidrogénio, certamente. Para tycoon articulado de uma empresa de Energia, e com meio mundo de olho no Sol e na auto-suficiência, Pina Moura demonstra que tem o raciocínio de quem lhe vira demasiado moleirinha.
Pior é que no meio de toda a lata, o público mais distraído e fiel abnegado esquece-se, por momentos, de todo o rol de falsas promessas, do problema do Torrão, da falsa ideia de desenvolvimento local trazido pelas grandes represas, da tragédia da poluição do Tâmega, dos km2 solos aráveis em risco de serem irremediavelmente alagados, das bombas de metano (20 vezes com mais efeitos de estufa que o CO2) que são as barragens, das alterações microclimáticas que vão afectar desgraçadamente o cultivo do vinho verde, todo ele quase virado aquele Rio. Isto, além da bestialidade que é tornar todo um leito de rio num enorme lago, sacrificando para sempre valores patrimoniais, culturais e ambientais - em tudo igual ao crime que se quer cometer no Tua. A esta gente, não há documentário, não há livro, não há evidência, não há História que lhes mude simplesmente a grosseria. O dinheiro e o imediatismo eleitoral fala mais alto que o bom-senso.
Como habitante da Região De Basto, Cabeceiras e Arco de Baúlhe, irrita-me o entorpecimento generalizado perante este abuso arrogante, intelectualmente desonesto e humilhante muitas vezes. A filosofia da EDP e Iberdrola cruzou agora na mestria retórica de Joaquim Barreto. Sua inteligência-mor aliás, não evitou, no habitual estilo fanfarão e altaneiro, de ridicularizar os movimentos do “Contra” e outras pessoas que assim se dizem só porque, segundo o "querido líder" (João Gonçalves que me perdoe o plágio), ”leram uns panfletos”. O exímio de defensor dos “interesses da maioria” – fraco democrata só pela infeliz declaração –, que se saiba nunca quis ouvir as outras partes na questão, limita-se, aparentemente, a sorver sem filtro tudo o que Pina Moura, Sócrates, socratistas e Mexias lhe introduzem na entrada USB. E razão para quê duvidar, se daquelas mentes vem toda a sabedoria e verdade do mundo?
Pior é que no meio de toda a lata, o público mais distraído e fiel abnegado esquece-se, por momentos, de todo o rol de falsas promessas, do problema do Torrão, da falsa ideia de desenvolvimento local trazido pelas grandes represas, da tragédia da poluição do Tâmega, dos km2 solos aráveis em risco de serem irremediavelmente alagados, das bombas de metano (20 vezes com mais efeitos de estufa que o CO2) que são as barragens, das alterações microclimáticas que vão afectar desgraçadamente o cultivo do vinho verde, todo ele quase virado aquele Rio. Isto, além da bestialidade que é tornar todo um leito de rio num enorme lago, sacrificando para sempre valores patrimoniais, culturais e ambientais - em tudo igual ao crime que se quer cometer no Tua. A esta gente, não há documentário, não há livro, não há evidência, não há História que lhes mude simplesmente a grosseria. O dinheiro e o imediatismo eleitoral fala mais alto que o bom-senso.
Como habitante da Região De Basto, Cabeceiras e Arco de Baúlhe, irrita-me o entorpecimento generalizado perante este abuso arrogante, intelectualmente desonesto e humilhante muitas vezes. A filosofia da EDP e Iberdrola cruzou agora na mestria retórica de Joaquim Barreto. Sua inteligência-mor aliás, não evitou, no habitual estilo fanfarão e altaneiro, de ridicularizar os movimentos do “Contra” e outras pessoas que assim se dizem só porque, segundo o "querido líder" (João Gonçalves que me perdoe o plágio), ”leram uns panfletos”. O exímio de defensor dos “interesses da maioria” – fraco democrata só pela infeliz declaração –, que se saiba nunca quis ouvir as outras partes na questão, limita-se, aparentemente, a sorver sem filtro tudo o que Pina Moura, Sócrates, socratistas e Mexias lhe introduzem na entrada USB. E razão para quê duvidar, se daquelas mentes vem toda a sabedoria e verdade do mundo?
4 comentários:
A índole corporocrata já nada surpreende, o objectivo é sempre a mesmo(maximizazar os lucros para além de custos ambientais e/ou culturais), só difere as "variantes" dessa mesma indole.
não poderia estar mais de acordo com tudo aquilo que o vitor diz!!!...e de certeza absoluta que as suas ideias são fundamentadas por muito mais do que meros panfletos!!
ora vejamos...
1. quando a Europa inteira está direcionada para o comboio, nós continuamos a apostar em (auto)estradas: vai ser criada uma nova auto-estrada a ligar o porto a lisboa!!!
2. quando a Europa e grande parte do Mundo começa a apostar nas OUTRAS energias renováveis..entenda-se por energia solar, éolica, entre outras, nós continuamos a manter a aposta na ENERGIA DA ÁGUA..transformando ecossistemas, criando esgotos a céu aberto e destruindo campos de cultivo bem como paisagens maravilhosas (a construção de uma barragem nada tem de "energia limpa" pois trás muitos aspectos negativos)!!
e caríssimo Duarte, nesses países Europeus o objectivo também passa por "maximizar os lucros" mas analisam, com rigor, os prós e os contras!!!provavelmente definem uma ideia, avançam para um projecto e dão-o a conhecer ao público..e aí sim, se atingirá certamente a melhor solução!!..coisas da maluqueira da democracia
Infelizmente quem "manda" no nosso país não é o povo, isso não é democracia total mas sim regime liberal.Mr, em relação á nova auto-estrada era melhor investimento o TGV,sim.Fartos de estradas com retas curvantes já estamos nós.
A solução para as Terras de Basto passa por chamar Santana Lopes que promove logo a abertura de dois ou três túneis para "furar" os problemas em direcção ao futuro.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1389801&idCanal=12
Depois vem o António Costa com três ou quatro autocarros cheios de lisboetas apoiar a barretada no Tâmega; afinal, amor paga-se com amor e parece forte e intensa a relação entre Cabeceiras de Basto e Lisboa, pelo menos, dá p'ra apanhar a auto-estrada p'ra lá.
Ou apanhar o barco no Arco e desembarcar no Terreiro do Paço.
Vota eu!
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